A Universidade do Porto confirma que está a ser alvo de buscas da Polícia Judiciária e a colaborar ativamente com as autoridades. Admite constituir-se como assistente no processo caso venham a ser deduzidas acusações contra alguns dos seus funcionários.
“A Universidade do Porto recebeu hoje um grupo de investigadores da Policia Judiciária a qual se encontra a recolher informação no âmbito da investigação de um processo de cartelização relacionado com a aquisição de material informático, do qual a U.Porto estaria a ser vitima”, afirma a instituição de que é reitor António de Sousa Pereira em comunicado enviado ao Jornal Económico.
A referida investigação, refere a U.Porto, terá sido iniciada pela Procuradoria Europeia e envolverá a realização de buscas em todo o país, junto de várias entidades públicas e privadas.
“A Universidade do Porto está a colaborar ativamente com o trabalho das autoridades e absolutamente empenhada no total esclarecimento de todos os factos relacionados com este processo, admitindo constituir-se como assistente no processo caso venham a ser deduzidas acusações contra alguns dos seus funcionários”, adianta o documento a que o JE teve acesso.
Ao início da manhã desta terça-feira, 8 de julho, a CNN Portugal avançou que a Polícia Judiciária, o Ministério Público e a Procuradoria Europeia tinham lançado uma grande operação de combate à corrupção em todo o país, envolvendo diversas buscas, nomeadamente na Universidade do Porto.
A CNN refere um esquema de alegada viciação para obtenção de fundos do PRR (Plano de Recuperação e Resiliência) e a viciação das regras da contratação pública na aquisição de sistemas informáticos. O valor da compra seria inflacionado com a cumplicidade das empresas vendedoras de hardware e de software , localizadas na área da Grande Lisboa, para obtenção de fundos do PRR . Estas empresas estão também hoje a ser alvo de buscas pela PJ, adianta o canal.
Na Universidade do Porto estarão, pelo menos, quatro inspetores, que entraram na Reitoria por volta das 9hoo, tendo chegado pouco depois o reitor, António de Sousa Pereira.
Altos quadros da Universidade estarão entre os principais alvos, segundo a CNN.
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