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Foram criadas 27.723 empresas no 1º semestre menos 0,6% que um ano antes

As atividades imobiliárias lideram as subidas na criação de empresas, com um crescimento de 22% face ao período homólogo (+605 constituições), em especial a ‘Compra e venda de bens imobiliários’ (+24%; +377 constituições), revela a Informa D&B.
8 Julho 2025, 14h09

No primeiro semestre de 2025, foram constituídas 27.723 novas empresas em Portugal, o que corresponde a uma descida de 0,6% em relação ao período homólogo. Ou seja, registaram-se menos 180 constituições de empresas.

Apesar de ser ligeira, esta descida segue-se a um ano de 2024 em que a criação de empresas já tinha revelado um recuo em relação ao ano anterior, interrompendo um ciclo de crescimento contínuo entre 2020 e 2023.

Nos primeiros seis meses deste ano, mais de metade dos setores registaram uma redução na criação de empresas, revela a Informa D&B.

À semelhança do que ocorre desde 2024, o setor dos Transportes mantém a maior queda (-26%; ou seja, -686 constituições), nomeadamente nos transportes terrestres (-29%; -710 constituições), e sobretudo nas ‘atividades de serviços de transporte de passageiros, a pedido, em veículo com condutor’.

A Informa D&B indica que com quedas mais significativas estão também os setores do Retalho e dos Serviços Gerais.

O Retalho recuou 11% (-288 constituições), com destaque para o retalho alimentar (-36%; -210 constituições). A criação de empresas nos serviços gerais desceu 6,3% (-136 constituições), sobretudo nas atividades relacionadas com saúde, desporto e bem-estar.

Por outro lado, as atividades imobiliárias lideram as subidas na criação de empresas, com um crescimento de 22% em relação ao período homólogo (+605 constituições), em especial na ‘Compra e venda de bens imobiliários’ (+24%; +377 constituições), revela a Informa D&B.

Também com crescimentos estão os setores da Construção (+9,6%; +315 constituições), sobretudo na atividade da ‘Construção de edifícios residenciais e não residenciais’ (+12%; +254 constituições), e na Agricultura e outros recursos naturais (+18%; +151 constituições), um crescimento concentrado nos distritos de Braga, Viseu, Portalegre e Beja.

Em termos de regiões, na Grande Lisboa, a criação de empresas caiu 4,6% (-378 constituições num ano). Já no Algarve, houve uma queda de 9,0% (-159 constituições). Estas são as duas regiões onde se registam os maiores recuos na criação de empresas, com um forte contributo da descida nas empresas de Transportes.

O Norte (a região com o maior número de constituições neste período) e o Oeste e Vale do Tejo têm aumentos de 1,5% (+132 constituições) e 7,5% (+123 constituições), respetivamente.

O aumento do número de constituições de empresas no Norte foi impulsionado pela criação de novas empresas de atividades imobiliárias na região (+37%; +274 constituições).

Por outro lado, o número de encerramentos de empresas continua em baixa.

Olhando agora para as empresas que “morrem”, a Informa D&B diz que até ao final de junho encerraram 4.991 empresas em todo o país, o que corresponde a uma descida em relação ao semestre homólogo.

No acumulado dos últimos 12 meses, desde julho de 2024 até ao final de junho de 2025, encerraram 13.683 empresas em Portugal, um registo 13% abaixo dos 12 meses anteriores (-2.000 encerramentos).

A descida neste período foi transversal a todos os setores de atividade, com exceção dos Transportes (+0,5%; +4 encerramentos), realça a Informa D&B.

Por sua vez, as insolvências descem 9,3%, com forte contributo da Indústria Têxtil e Moda.

Ao todo, 979 empresas iniciaram um processo de insolvência no primeiro semestre deste ano, o que corresponde a uma descida de 9,3% (-100 insolvências) em relação ao período homólogo.

A descida ocorre em mais de metade dos setores de atividade, mas é mais concentrada no setor das Indústrias (-35%; -108 insolvências), nomeadamente na Indústria Têxtil e Moda (-48%; -95 insolvências). Este subsetor, que em 2024 registou quase o triplo das insolvências do ano anterior, mostra agora um abrandamento das insolvências. Apesar deste recuo, é na Indústria Têxtil e Moda que se concentra ainda o maior número de insolvências do semestre.

A Informa D&B recolhe os dados através das publicações de atos societários efetuados no portal Citius do Ministério da Justiça até 2 de julho de 2025.

O universo considerado são entidades com sede em Portugal.

Nas constituições e encerramentos, a fonte é a publicação de constituição no portal de atos societários do Ministério da Justiça.

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