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Tarifas: Von der Leyen garante trabalhar estreitamente com EUA para acordo de boa-fé

“A nossa posição tem sido clara: seremos firmes, mas preferimos uma solução negociada e é por isso que estamos a trabalhar estreitamente com a administração dos Estados Unidos para alcançar um acordo”, disse Ursula von der Leyen, intervindo num debate na sessão plenária do Parlamento Europeu, na cidade francesa de Estrasburgo.
9 Julho 2025, 11h59

A presidente da Comissão Europeia disse hoje estar a trabalhar estreitamente com os Estados Unidos para fazer avançar o processo relativo ao acordo comercial, afirmando que a União Europeia (UE) espera “boa-fé” nas negociações e se prepara para todos os cenários.

“A nossa posição tem sido clara: seremos firmes, mas preferimos uma solução negociada e é por isso que estamos a trabalhar estreitamente com a administração dos Estados Unidos para alcançar um acordo”, disse Ursula von der Leyen, intervindo num debate na sessão plenária do Parlamento Europeu, na cidade francesa de Estrasburgo.

“Tive uma boa troca de impressões com o Presidente [norte-americano, Donald] Trump no início desta semana para ajudar a fazer avançar o processo. Procuramos um quadro claro a partir do qual possamos continuar a construir”, acrescentou a responsável, no dia do suposto prazo definido informalmente pelos Estados Unidos como data-limite para concluir um acordo comercial com o bloco comunitário para evitar a aplicação de tarifas punitivas de 20% a 50% sobre produtos europeus.

“A mensagem é clara: mantemos os nossos princípios, defendemos os nossos interesses, continuamos o trabalho de boa-fé e preparamo-nos para todos os cenários”, adiantou Ursula von der Leyen, falando numa “dimensão e alcance destas medidas sem precedentes” sem nunca mencionar o prazo.

Desde fevereiro, os Estados Unidos impuseram tarifas sobre 70% do total do comércio da UE com o continente norte-americano,

De acordo com a líder do executivo comunitário, a instituição que detém a competência da política comercial da UE está a “trabalhar dia e noite para encontrar uma solução”.

“Porque acreditamos que as tarifas são prejudiciais para os negócios e não somos os únicos a pensar assim. Desde o início do nosso novo mandato, já concluímos novos acordos com o Mercosul, o México e a Suíça. Vamos trabalhar para finalizar o acordo com a Índia até ao final do ano e mais acordos virão porque o mundo procura parceiros em quem possa confiar e a Europa é esse parceiro”, vincou ainda.

No início desta semana, os Estados Unidos afirmaram que as chamadas tarifas recíprocas norte-americanas às importações vindas de todo o mundo, que tinham sido suspensas até 09 de julho, entrarão em vigor em 01 de agosto.

Porém, fonte comunitária ligada às negociações indicou à Lusa não ter havido ainda comunicação clara por parte dos Estados Unidos sobre tal adiamento.

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