A economia equestre, um termo ainda com pouca relevância, teve um impacto direto de 1,5 mil milhões de euros, e um impacto global de 2,6 mil milhões de euros, de acordo com um estudo realizado pela Sfori. Esta economia já gerou cerca de 6,6 milhões de euros para a localidade de Alter do Chão em 2023.
Apresentado durante o Horse Economic Forum, que acontece esta sexta e sábado em Alter do Chão, o estudo mostra que apesar dos bons resultados, as suas exportações, de animais vivos, apresentaram uma descida em 2023, tendo a quota de Portugal passado para 0,46%.
Álvaro Lopes Dias, coordenador do estudo, afirmou que apesar desta diminuição, esta economia gera cerca de 92 mil empregos diretos e indiretos, e existem “questões positivas e que reforçam o potencial que esta atividade tem quer em termos nacionais quer em internacionais”.
Se analisarmos o setor do turismo dentro desta atividade, o cálculo desta chega aos 28,9 mil euros.
Apesar destes dados o coordenador do estudo salienta que os dados sobre este setor estão “muito dispersos e existe uma escassez destes”.
Os dados recolhidos pelo estudo mostram que há 160 empresas com CAE de atividade de produção equestre, que contribuem com vendas e serviços de 6,5 milhões de euros. Contudo, em 2022, metade das empresas estavam com capital próprio negativo.
Álvaro Lopes Dias sublinha que “a saúde financeira desta atividade não é das melhores”, mas “programas específicos direcionados ao setor podem ajudar”.
O estudo deixa algumas recomendações para a ampliação desta atividade, que passam pela valorização do turismo equestre, pelo apoio da digitalização e formação, pelo reforço das redes de exportação e pelo incentivo às práticas sustentáveis. O coordenador do estudo revelou ainda que seria necessário a criação de um observatório que recolhesse os dados sobre o cavalo.
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