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Estudo sobre marcas portuguesas mais valiosas assinala “recuperação expressiva” do setor bancário

Segundo a OnStrategy, neste estudo, “o setor bancário destaca-se como o mais dinâmico, com um crescimento médio de 29,9% no valor das suas marcas”. “Novo Banco (+90,3%), CGD (+30%) e Millennium BCP (+35,4%) são os protagonistas desta recuperação”.
Nova imagem de marca do Novo Banco, em Lisboa, 25 de outubro de 2021. RODRIGO ANTUNES/LUSA
16 Julho 2025, 18h04

O estudo do ranking das 100 marcas portuguesas mais valiosas, elaborado pela OnStrategy, apontou para uma recuperação expressiva do setor bancário (+29,9%), a consolidação da valorização do setor de retalho (+13,2%) e a tendência de quebra nos setores energético e de media.

Segundo a OnStrategy, neste estudo, “o setor bancário destaca-se como o mais dinâmico, com um crescimento médio de 29,9% no valor das suas marcas”. “Novo Banco (+90,3%), CGD (+30%) e Millennium BCP (+35,4%) são os protagonistas desta recuperação”.

“A estabilização macroeconómica, a melhoria da rentabilidade operacional e uma recuperação significativa da confiança junto dos consumidores foram decisivos para a revalorização do setor bancário”, afirmou João Baluarte, Partner da OnStrategy.

No que diz respeito a empresas de Energia, o estudo revelou que “apesar de manter a liderança absoluta do ranking, com a EDP no primeiro lugar (€2.870M), o setor da energia registou uma quebra média de -4,3%”. “A Galp Energia recuou 6,9% e a EDP Renováveis 5,1%, refletindo um ajustamento à normalização dos preços da energia e à descida da capitalização bolsista”.

“A queda não traduz um enfraquecimento estrutural, mas sim a transição para um novo patamar de maturidade e regulação no setor energético”, disse João Baluarte.

Por sua vez, o retalho “continua a ser o setor com maior peso absoluto (€4.776M), com crescimento de +13,2%, sustentado por marcas como Jerónimo Martins (+21,1%), Continente (+12,3%) e Pingo Doce (+7,1%)”.

“Estas marcas demonstram uma capacidade consistente de criar valor através da proximidade, da gestão de experiência omnicanal e da eficiência logística”, sublinhou João Baluarte.

Na Saúde e Construção, o estudo destacou que “as marcas do setor da saúde (CUF, Luz Saúde) crescem 11,4% em termos agregados, enquanto o setor da construção regista um aumento de 22,5%, com destaque para o Grupo Mota-Engil (+31,3%)”.

Para além da energia, “o setor dos media apresenta recuos relevantes, com marcas como SIC e TVI a registarem fortes quebras, enquanto algumas marcas de imprensa enfrentam o desafio da transição digital e da erosão da receita publicitária tradicional. A RTP, apesar da estabilidade orçamental assegurada pelo financiamento público, enfrenta o desafio da reestruturação e da incerteza sobre a evolução das receitas e do próprio modelo de negócio”.

“O modelo de negócio fortemente baseado em publicidade está sob forte pressão. A fragmentação das audiências e a migração para plataformas digitais impõem uma reformulação estratégica profunda. As marcas que não conseguirem adaptar-se a um ecossistema multiplataforma, com ofertas personalizadas e monetização diversificada, arriscam a erosão progressiva do seu valor. Tudo isto apesar da estabilidade existente em termos de força destas marcas, nos segmentos e nas geografias onde atuam”, alertou João Baluarte.

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