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Primeiro-ministro não exclui futura privatização total da TAP

O chefe do Governo PSD/CDS-PP foi questionado sobre este assunto durante o debate sobre o estado da nação na Assembleia da República pela líder parlamentar e candidata única à liderança da IL, Mariana Leitão, que o acusou de “falta de coragem” por avançar apenas com uma privatização parcial da companhia aérea.
epa12180531 Portuguese Prime Minister Luis Montenegro speaks during the plenary session to present the Program of the XXV Constitutional Government at the Assembly of the Republic in Lisbon, Portugal, 17 June 2025. EPA/JOSE SENA GOULAO
17 Julho 2025, 18h25

O primeiro-ministro, Luís Montenegro, não excluiu hoje uma futura privatização total da TAP, afirmando que é a favor dessa opção, mas que quis ser prudente e optou nesta fase por uma operação que tivesse apoio político.

O chefe do Governo PSD/CDS-PP foi questionado sobre este assunto durante o debate sobre o estado da nação na Assembleia da República pela líder parlamentar e candidata única à liderança da IL, Mariana Leitão, que o acusou de “falta de coragem” por avançar apenas com uma privatização parcial da companhia aérea.

“Relativamente à TAP, eu percebo, a senhora deputada defende uma privatização total, e eu também não escondo que é a minha opinião. Mas nós temos de ser realistas e temos de ser prudentes. Esta é uma primeira fase, 49,9% do capital”, começou por responder o primeiro-ministro.

Luís Montenegro afirmou que nesta fase o Governo irá verificar “o alcance das propostas” apresentadas e se elas se coadunam com o “objetivo de viabilizar a companhia, de perspetivar o seu crescimento”.

“Mas nós vamos, evidentemente, a partir daí, ver o que é que se pode fazer numa segunda fase”, acrescentou.

Antes, a líder parlamentar da IL defendeu que “o mínimo exigível era uma privatização total, algo que, pasme-se, até António Costa chegou a defender” e perguntou ao primeiro-ministro se “vai ter a coragem de fazer aquilo que já deveria ter sido feito há muito tempo e aliviar os portugueses deste fardo ou vai continuar a manter a TAP nas mãos do Estado”.

Luís Montenegro contrapôs que o Governo PSD/CDS-PP – que não dispõe de maioria absoluta no parlamento – tinha de “garantir condições políticas e também já agora comerciais para ter uma boa operação”.

“E foi isso que nós fizemos. Fomos mais prudentes? Fomos sim senhora. Mas fomos conscientes. A senhora deputada queria que nós fizéssemos uma proposta que se coadunasse mais com a IL, e depois ela ia esbarrar no parlamento e sabe o que é que ia acontecer no final do dia? Ia ficar tudo na mesma”, argumentou.

Segundo o primeiro-ministro, “a IL quer mudar tudo e depois fica tudo na mesma”, enquanto o Governo quer “mudar aquilo que é possível para ir paulatinamente conquistando sucessos que se repercutem na vida do país”.

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