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“Não há razão” para que a Frente Mar tenha entrado em falência técnica, diz vereador do PSD na CMF

Para Vale Fernandes a Câmara poderia ter devolvido 3 milhões de euros em IRS às famílias, proposta do PSD, bem como poderia ter abolido a derrama no valor de 1,5 milhões de euros, que incide sobre as empresas do município. Além disto, o vereador do PSD, diz também que faltaram “obras estruturantes” para o concelho.
23 Abril 2019, 16h20

Jorge Vale Fernandes, vereador do PSD na Câmara Municipal do Funchal diz que “não há razões” para que a Frente Mar Funchal tenha voltado a entrar em falência técnica, com capitais próprios negativos.

O social-democrata salienta que esta empresa municipal recebeu em 2018 uma injeção extraordinária de capital de quase 1 milhão de euros. Paralelamente, a Autarquia abdicou “de grande maioria das receitas” que recebia da Frente Mar, como compensação pelos prejuízos que houve no ano anterior, para que estes valores ficassem na empresa e, assim, promovessem a sua sustentabilidade financeira.

Depois da Reunião de Câmara, Jorge Vale Fernandes disse que a CMF continua a olhar para os funchalenses como clientes. Em causa está o facto de a vereação socialista desta Autarquia ter reduzido em 2018 o investimento ao mínimo, fechando o ano com 10,5 milhões de euros em caixa.

“No Programa de Investimentos que era previsto para o ano de 2018, só 42% é que foi executado”, ou seja “menos de metade”, sublinhou o vereador social-democrata na CMF, destacando os casos paradigmáticos da Cultura, dos Bombeiros e da Proteção Civil.

No caso “paradigmático” da Cultura, pelouro detido pelo presidente da Câmara, Paulo Cafôfo, houve apenas 11% de execução. O vereador do PSD diz que a segunda rubrica com menor investimento foi a dos Bombeiros e a da Proteção Civil: “13% de execução é o que consta no relatório”.

O PSD votou esta terça-feira, em Reunião de Câmara, contra a Proposta de Contas de 2018, apresentada pelos socialistas, justificando o chumbo em três partes.

O primeiro ponto, refere Jorge Vale Fernandes, está relacionado com a “contabilidade criativa, com a qual os sociais-democratas não compactuam”.

O segundo ponto, diz o vereador tem a ver com o facto de os níveis de investimento “voltarem a ser extremamente reduzidos em 2018, conforme pode ser atestado no Relatório de Contas apresentado pelo próprio executivo municipal”.

A terceira razão para a não aprovação das contas prende-se com o facto de a Câmara fechar o ano de 2018 com 10,5 milhões de euros em caixa “quando podia ter agido em função e em benefício dos munícipes e não o fez”.

Para Vale Fernandes a Câmara poderia ter devolvido 3 milhões de euros em IRS às famílias, proposta do PSD, bem como poderia ter abolido a derrama no valor de 1,5 milhões de euros, que incide sobre as empresas do município. Além disto, o vereador do PSD, diz também que faltaram “obras estruturantes” para o concelho.

 

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