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Bolsas encerram mistas após manutenção dos juros do BCE

A banca alavancou as bolsas europeias, em particular a de Madrid, a beneficiar dos resultados apresentados pelo Bankinter, que valorizou quase 7% na sessão. Por cá, o PSI registou um leve ganho, impulsionado precisamente pelo BCP.
EPA/Altea Tejido
24 Julho 2025, 17h02

As principais bolsas europeias registaram sentimento misto na sequência de o BCE fazer saber que manteve as taxas de juro de referência, em linha com o que era esperado pelos mercados.

O índice PSI ganhou 0,25% e alcançou os 7.737 pontos, alavancado por uma valorização de 2,85% nas ações do BCP, que beneficiaram do sentimento positivo da banca europeia e terminaram o dia nos 0,6938 euros.

Seguiram-se acréscimos de 1,44% para 4,925 euros na Altri e de 0,63% para 3,20 euros na REN.

Em sentido oposto, a EDP Renováveis contraiu 0,97% para 10,22 euros por título, ao passo que a Jerónimo Martins recuou 0,82% e ficou-se pelos 21,70 euros.

No exterior, houve um avanço de 1,40% no IBEX 35, índice de referência em Madrid, que beneficiou igualmente do sentimento positivo da banca. Destaque para incrementos de 6,77% no Bankinter, 3,82% no Caixabank e 2,63% no Santander.

Seguiram-se ganhos de 0,82% no Reino Unido e 0,26% na Alemanha, ao passo que o índice agregado Euro Stoxx 50 se adiantou 0,13%. Em sentido oposto, houve descidas de 0,41% em França e 0,20% em Itália.

Nos futuros, o Brent sobe 1,11% até aos 69,27 dólares por barril, ao mesmo tempo que o SWTI sobe 1,59% e atinge os 66,29 dólares por barril. Em simultâneo, o euro está a recuar 0,03% face ao dólar, pelo que um euro está a negociar em troca de 1,1770 dólares.

“Os principais índices de ações registaram ganhos esta quinta-feira, no dia em que o BCE manteve a taxa de juro da zona euro inalterada, referindo que a inflação está alinhada com a missão de longo prazo (os 2% ao ano)”, assinala-se na análise do Departamento de Mercados Acionistas do Millenium Investment Banking.

“Nota ainda para a sinalização de que a atividade na zona euro e nos EUA ganhou ritmo de expansão em julho, puxada pelo setor de serviços”, acrescenta-se, antes de um olhar aos índices de referência exteriores.

“O dia foi muito intenso também na revelação de contas empresariais, onde os números do Bankinter parecem ter motivado o setor e puxado pelo IBEX. A contrariar o sentimento esteve o CAC, arrastado pelo tombo da STMicro e as quedas expressivas de Dassault Systemes e TotalEnergies, todas em reação a números, bem como da LVMH, que está a reportar resultados após o fecho de mercado”, apontam os analistas.

“Em Lisboa o PSI ganhou 0,25%, à boleia do disparo de 2,85% do BCP”, pode ler-se ainda, na mesma análise.

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