O economista chefe da gestora de ativos Apollo (com ativos sob gestão de 640 mil milhões de euros em 2024), Torsten Sløk, alertou num artigo datado de 16 de julho, que a “bolha de inteligência artificial (IA) da atualidade é maior” do que a “bolha das dotcom da década de 1990”.
Num artigo curto Torsten Sløk considera que a diferença entre a bolha das dotcom dos anos de 1990, que acabou por ‘rebentar’ em 2000, e a bolha da inteligência artificial da atualidade é que as 10 maiores empresas do índice bolsista norte-americano S&P 500 “estão hoje mais sobrevalorizadas” do que na década de 1990 (ver gráfico).
O top 10 do S&P 500 é constituído pela Nvidia (com um peso no índice de 7,3%), seguida pela Microsoft (6,6%), Apple (5,5%), Amazon (4,3%), Meta (3,1%), Broadcom (2,3%), Alphabet (ações de classe A e C com 2,1% e 1,9%), Berkshire Hathaway (1,8%), Tesla (1,7%).
As principais empresas do S&P 500 têm reportados investimentos avultados ao nível da inteligência artificial. No caso da Nvidia a empresa anunciou em abril deste ano que esta a planear construir servidores de IA num valor superior a 500 mil milhões de dólares (426,2 mil milhões de euros) nos Estados Unidos, nos próximos quatro anos, com a ajuda de parceiros como a TSMC.
No caso da Microsoft a empresa prevê investir 80 mil milhões de dólares (68,2 mil milhões de euros) em centros de dados, ligados à IA, no ano fiscal de 2025, e na implementação de inteligência artificial e em aplicações baseadas na nuvem. A Apple em fevereiro tinha-se comprometido a investir mais de 500 mil milhões de dólares (426,2 mil milhões de euros) nos Estados Unidos, nos próximos quatro anos, que inclui uma nova fábrica no Texas, dobrar o fundo de manufatura avançado norte-americano, uma academia na área da manufatura, o acelerar de investimentos em IA e em engenharia ligada ao silício.
A Amazon tem planos de investimentos, para 2025, de 100 mil milhões de dólares (85,2 mil milhões de euros), onde se inclui a área da inteligência artificial. Aqui inclui-se 10 mil milhões de dólares (8,5 mil milhões de euros), na fábrica da Carolina do Sul, para a sua infraestrutura de IA.
A Meta também não escapa ao investimento na área. Este ano a empresa já mostrou intenção de em 2025 alocar “biliões de dólares (na denominação norte-americana)” para construir centros de dados para IA para desenvolver superinteligência.
Já a Broadcom seria uma das beneficiárias da inteligência IA tendo em conta que opera na área dos chips, um componente que entra na cadeia de valor deste tipo de tecnologia. Quanto à Alphabet, proprietária da Google, está a prever um investimento de 85 mil milhões de dólares (72,4 mil milhões de euros), este ano, verba que vai servir também para acomodar a procura por soluções de inteligência artificial fornecidas pela tecnológica. Em julho a empresa tinha anunciado 25 mil milhões de dólares (21,3 mil milhões de euros) para centros de dados e infraestruturas de inteligência artificial.
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