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Portugueses trabalham mais de 82 mil horas até à reforma

Para quem está a entrar no mercado de trabalho em Portugal, a perspetiva é ter pela frente, até à reforma, mais 21.636 horas de trabalho do que por exemplo, na Alemanha.
Rafael Marchante/Reuters
27 Abril 2019, 12h53

Se tem 20 anos e acabou de entrar no mercado de trabalho saiba que vai ter 48 anos de carreira até à reforma. Ou seja, 82.656 horas de trabalho, se não se reformar antecipadamente, segundo dados da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Económico (OCDE), indica o “Expresso”.

Em média, os portugueses trabalham mais 366 horas anuais do que os alemães por exemplo. Aliás, os profissionais daquele país são quem regista menor número de horas anuais dedicadas à carreira nos países da União Europeia (UE). Para quem está a entrar no mercado de trabalho em Portugal, a perspetiva é ter pela frente, até à reforma, mais 21.636 horas de trabalho do que na Alemanha.

Portugal nem figura sequer nos primeiros lugares das economias onde mais se trabalha por ano, considerando os países da UE para os quais há dados disponíveis na base da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Económico (OCDE). Com 1722 horas de trabalho anuais contabilizadas em 2018, o país ocupa a 8ª posição numa tabela liderada pela Grécia onde, no mesmo ano, se trabalhou em média 1956 horas.

No entanto, os portugueses ficam quase no topo da lista quando se somam as horas de trabalho ao longo da vida para quem está entrar no mercado. Assumindo como hipótese o início de carreira com 20 anos em 2018 e uma carreira ininterrupta, a OCDE antecipa que a idade normal da reforma em Portugal só chegará aos 68 anos (tendo em conta as regras em vigor). Apenas a Dinamarca (74 anos), a Itália (71) e a Holanda (71) superam esta idade.

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