[weglot_switcher]

Bolsas mundiais antecipam conclusões positivas na Cimeira do Alasca

Os principais índices bolsistas globais mantiveram-se numa toada de crescimento, antecipando que o encontro entre os presidentes Donald Trump e Vladimir Putin no Alasca será positivo para os mercados.
15 Agosto 2025, 10h04

As ações globais persistem em terreno positivo, com os investidores a desvalorizarem um relatório negativo sobre a inflação nos Estados Unidos, apostando num resultado favorável da importante reunião que vai decorrer no Alasca entre Vladimir Putin e Donald Trump. O foco dos investidores está na reunião entre os líderes dos EUA e a Rússia no Alasca, que está prevista para iniciar às 20h30 (hora de Lisboa). Os resultados só serão conhecidos depois do fecho de Wall Street, sendo que as expetativas são favoráveis. Donald Trump já as reduziu, revelando que o objetivo passa por preparar um cessar-fogo e uma segunda reunião que contará com a presença de Zelensky. Putin teceu elogios a Trump em declarações proferidas ontem, contribuindo para elevar as expetativas sobre um desfecho positivo que deixe a guerra na Ucrânia mais próxima de um fim.

O índice europeu Stoxx600 valoriza pela quarta sessão depois de ontem ter atingido máximos de quase três meses. O britânico FTSE já atingiu um novo recorde esta manhã e os índices de Madrid e Milão renovaram máximos de 2007 na sessão de ontem após subidas acima de 1%. O norte-americano S&P500 fechou ontem em alta pela terceira sessão e conseguiu atingir um novo máximo histórico de fecho apesar da valorização pouco expressiva. O índice nipónico Nikkei registou uma valorização próxima de 2% depois de ter sido divulgado que o PIB do Japão cresceu muito acima do esperado e que a economia, afinal, não contraiu nos primeiros três meses do ano.

O mercado foi ontem surpreendido pela negativa com a evolução desfavorável do índice de preços do produtor, que reacendeu os receios com o impacto das tarifas na inflação. O índice registou em julho o maior avanço mensal em três anos, com um incremento de 0,9% face a junho (economistas estimavam 0,2%) e de 3,3% em termos homólogos (2,5%). Estes números refrearam as expetativas de cortes agressivos de juros por parte da Fed, o banco central norte-americano, mas depois de uma reação negativa, as ações norte-americanas foram recuperando terreno ao longo da sessão. As yields das obrigações dos EUA registaram subidas acentuadas, mas estão hoje a aliviar, uma vez que o corte de juros em setembro continua a ser o cenário mais provável. Esta evolução valida o sentimento positivo que persiste os mercados, com os investidores a descartarem rapidamente os efeitos das notícias desfavoráveis.

Depois do fecho da sessão, a Applied Materials afundou mais de 10% no after hours depois fabricante de equipamentos para produção de chips ter anunciado previsões de resultados dececionantes. A Intel disparou devido ao interesse do governo norte-americano entrar no capital e a UnitedHealth registou uma forte subida depois de Buffett ter anunciado a compra de cinco milhões de ações da seguradora.

RELACIONADO
Copyright © Jornal Económico. Todos os direitos reservados.