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Portos nacionais movimentaram mais 4,3% de carga até fevereiro em comparação com o ano passado

O sistema portuário Continental movimentou 15,35 milhões de toneladas de carga no período entre janeiro e fevereiro deste ano, um desempenho superior em 4,3% relativamente ao período homólogo de 2018, de acordo com o relatório de atividades de fevereiro da Autoridade de Mobilidade e Transportes.
1 Maio 2019, 17h30

O sistema portuário Continental movimentou 15,35 milhões de toneladas de carga no período entre janeiro e fevereiro deste ano, um desempenho superior em 4,3% relativamente ao período homólogo de 2018, de acordo com o relatório de atividades de fevereiro da Autoridade de Mobilidade e Transportes. Ao período de dois meses corresponde um acréscimo global de 627 mil toneladas, com destaque para o contributo dos portos de Sines, Leixões, Setúbal e Viana do Castelo na anulação das quebras registadas nos portos de Lisboa, Figueira da Foz, Aveiro e Faro.

O período entre janeiro e fevereiro de 2019 registou um aumento de 4,3% em movimento de cargas nos portos nacionais, correspondente a um acréscimo global de +627 mil toneladas, com o contributo dos portos de: Sines (+744 mt); Leixões (+110 mt); Setúbal (+90 mt); e Viana do Castelo (+26 mt); face às quebras registadas em: Lisboa (-208 mt); Figueira da Foz (-88 mt); Aveiro (-37 mt); e Faro (-9 mt). O desempenho global positivo do período em análise deve-se às tipologias de carga Produtos Petrolíferos (+451 mt), Carga Contentorizada (+435 mt), Carvão (+174 mt) e Carga Fracionada (+121 mt), inversamente às quebras de Petróleo Bruto, Outros Granéis Sólidos e Produtos Agrícolas.

Os acréscimos registados nos 32 mercados com desempenho positivo devem-se, em maioria, aos portos de Sines e de Leixões na Carga Contentorizada, Carvão e Produtos Petrolíferos. Em termos de desempenho positivo, também o porto de Aveiro ganha destaque com a Carga Fracionada. Relativamente aos mercados com desempenho negativo, num total de 18 no período em análise, assinala-se o Petróleo Bruto nos portos de Sines (-17,4%) e de Leixões (-24,8%), seguido da Carga Contentorizada no porto de Lisboa (-14,4%), Outros Granéis Sólidos nos portos de Aveiro (-27%) e de Lisboa (-19,4%), e a Carga Fracionada no porto da Figueira da Foz (-39%).

Setúbal e Leixões registaram, neste período, a melhor marca de sempre no segmento dos Contentores. Este segmento regista um aumento de +10% em termos de desempenho global, com 495 814 TEU. Também o porto de Sines regista um aumento de +14,1% face ao período homólogo de 2018, com um volume de 291 961 TEU, inversamente a Lisboa e Figueira da Foz, que registam variações negativas de -11,2% e -12,3% respetivamente.

O porto de Sines mantém a liderança deste segmento de mercado no período entre janeiro e fevereiro de 2019, com uma quota de 58,9%, +2,1 pontos percentuais (pp) face ao mesmo período de 2018. Também o porto de Leixões aumentou a sua quota para 22,3% (+2,5 pp), inversamente a Lisboa e Setúbal, com um decréscimo de -3,1 pp e -0,3 pp respetivamente. Ainda no porto de Sines, importa sublinhar o decréscimo do peso do transhipment no volume movimentado no próprio porto, e o forte crescimento no tráfego com o hinterland, o qual registou um acréscimo de +43,6%, superior em 24,3% ao volume movimentado em Lisboa e inferior em 27,4% ao porto de Leixões.

O número de escalas registado no período em análise cifra-se em 1622 e aponta para uma quebra de -3,9% face a 2018, assinalada em todos os portos à exceção do porto de Setúbal, que aumentou +6,1%, e do porto de Sines, que manteve o valor registado em 2018. A expressão de quebras mais significativa aponta para Lisboa, com um valor absoluto de -34, a que corresponde -8,9%, e para Figueira da Foz, em valor relativo, com -17,7%.

No que concerne à arqueação bruta o porto de Leixões assinala a melhor marca de sempre nos períodos homólogos, tendo ultrapassado os 5,2 milhões – um acréscimo de +10,8%, sendo também de assinalar o crescimento verificado em Sines, com 15,5 milhões, o que corresponde a +10,9%. Os restantes portos registam uma quebra neste indicador, sendo os portos de Lisboa e de Setúbal os de expressão mais reveladora.

O período janeiro-fevereiro assinala a quota mais significativa no número de escalas para os portos do Douro e de Leixões, com 24,4%, seguidos de Sines (21,6%), Lisboa (21,4%), Setúbal (16,2%) e Aveiro (10%). Sines lidera na distribuição de quotas em termos de volume de arqueação bruta, com 50,1%, seguido dos portos do Douro e de Leixões, com 17%, ultrapassando Lisboa que recua -2,5 pp para 16,3%. Em termos de fluxos de carga, o desempenho global positivo observado decorre de variações positivas no fluxo de embarque (+3.3%) e no fluxo de desembarque (+4,9%).

O comportamento do fluxo de embarque, que inclui a carga de exportação, é caracterizado pela Carga Contentorizada em Sines e Leixões, com variações homólogas positivas de +15,8% e +24,6%, e pela Carga Fracionada em Setúbal, Leixões e Aveiro que refletem variações positivas entre +49,5% e +43,8%. O resultado global deste fluxo é menos positivo como consequência das quebras observadas no mercado de Produtos Petrolíferos em Sines, bem como no de Outros Granéis Sólidos e na Carga Contentorizada em Lisboa, e na Carga Fracionada na Figueira da Foz.

Os mercados que mais se destacam positivamente nas operações de desembarque são: Produtos Petrolíferos e Carvão em Sines, com variações homólogas positivas de +73,3% e +26,6%; Produtos Petrolíferos em Leixões, com +78,3%; Carga Contentorizada e Outros Granéis Líquidos em Sines, com +6,4% e 554%. Das variações negativas que mais contribuem para diminuir os acréscimos referidos, destacam-se o mercado de Petróleo Bruto em Sines e em Leixões, a Carga Contentorizada e Produtos Agrícolas em Lisboa, e os Produtos Petrolíferos em Aveiro.

Viana do Castelo, Figueira da Foz, Setúbal e Faro são os portos com perfil de porto “exportador”, registando um volume de carga embarcada superior ao da carga desembarcada, com um quociente entre carga embarcada e o total movimentado, no período em análise, de 55,5%, 69,8%, 53,8% e 100%, respetivamente. Acresce sublinhar que, no seu conjunto, estes portos detêm uma quota de carga embarcada de 14,4%.

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