A progressão das carreiras na função pública, nomeadamente a dos professores, continua a causar controvérsia e discórdia entre os diversos partidos. A líder do CDS-PP, Assunção Cristas, falou ao país e defendeu a posição do partido em relação a este tema.
Assunção Cristas acusou António Costa de criar uma crise política com base em três mentiras. Um dia depois do anúncio do primeiro-ministro e de este assumir que só apresentava demissão se o descongelamento integral fosse aprovado no Parlamento, a líder do CDS voltou a explicar a posição do partido em relação ao tema, numa longa publicação na sua rede social Facebook.
“Se o princípio é o descongelamento, o CDS não aceita este branqueamento das decisões de José Sócrates nem a desresponsabilização socialista”, afirmou nas primeiras linhas. “Uma coisa é o tempo do congelamento, outra, diferente, é o pagamento. Sendo que não está nem nunca esteve em causa o pagamento de retroativos”, continuou.
“Durante um ano e meio, o CDS exigiu que o Governo revelasse os custos detalhados dos descongelamentos das carreiras da Administração Pública”, explicou antes de criticar o Partido Socialista de esconder “os custos da sua própria política”.
https://www.facebook.com/assuncaocristas/posts/10155939078406262?__tn__=K-R
Invocando o discurso de sexta-feira, Assunção Cristas diz que “o CDS propôs que o pagamento dependa do crescimento económico, da sustentabilidade do sistema, das aposentações, da avaliação e da negociação do estatuto da carreira dos professores”. A deputada revelou que o seu partido “chumbou as propostas do Bloco e do PCP da garantia do pagamento dos nove anos, quatro meses e 18 dias nos próximos sete anos”.
Num discurso de pergunta-resposta, a líder do CDS afirmou que “é mentira” que a votação de sexta-feira eleve os encargos do Orçamento de Estado para este ano. “Não resulta de ontem nenhum encargo além do que este Governo já aprovou. Uma coisa é o tempo do congelamento, outra, diferente, é o pagamento”, respondeu.
“Só agora o Governo diz que são 800 milhões de euros sem explicar como”, acusa a líder. “Não resulta, de ontem, nenhum encargo além do que o que este Governo já aprovou”, garante. Assunção Cristas explicou na sua publicação que o pagamento dos dois anos e nove meses está contemplado no Orçamento de Estado para o presente ano, e que o próximo Governo terá de negociar a forma como se vai proceder ao pagamento do restante tempo de serviço (nove anos e quatro meses).
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