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Santana Lopes: “Nunca ninguém no PSD festejou fosse o que fosse com o dr. Mário Nogueira”

O antigo líder social-democrata deixou críticas à atuação do PSD no descongelamento das carreiras dos professores. “Não me lembro de na história da democracia portuguesa os partidos do centro direita festejarem com Mário Nogueira”, afirmou Santana Lopes.
Manuel de Almeida/Lusa
7 Maio 2019, 08h51

Santana Lopes deixou críticas à atuação do PSD por ter aprovado o descongelamento integral da carreira dos professores. O antigo líder social-democrata destacou que historicamente o PSD tem tido posições contrárias às defendidas pelo líder da Federação Nacional dos Professores (Fenprof) Mário Nogueira.

“Nem o mais doido e mais destrambelhado dos militantes do partido onde eu militei durante décadas, se sentaria sem autorização numa sala com o Bloco e com o PCP a fazer acordos sobre uma matéria fosse ela qual fosse”, afirmou Santana Lopes em entrevista na SIC na segunda-feira, 6 de maio.

“Nunca ninguém no PSD festejou fosse o que fosse com o doutor Mário Nogueira”, afirmou Santana Lopes em referência ao líder da Fenprof, sindicato afeto à CGTP.

Em entrevista ao jornal i na segunda-feira, o líder do Aliança diz que o seu partido está preparado para enfrentar eleições legislativas antecipadas e voltou a deixar críticas aos dois partidos de direita no Parlamento. “Não me lembro de na história da democracia portuguesa os partidos do centro direita festejarem com Mário Nogueira”.

A crise política teve início na passada quinta-feira, 2 de maio, quando o descongelamento integral do tempo de serviço dos professores foi aprovado na especialidade no Parlamento. A medida ainda terá de ser aprovada a uma votação final, o que irá acontecer até meados deste mês.

O primeiro-ministro reafirmou na segunda-feira que o descongelamento integral vai pôr em “em causa a estabilidade financeira do país, a equidade entre os portugueses e a credibilidade internacional de Portugal”.

António Costa disse que se a medida for aprovada, o Governo não terá outro remédio” senão demitir-se, avisou em entrevista à TVI.

“Eu aguardo serenamente o que é que venha a ser votado em votação final global. Agora, eu acho é que ninguém tem direito, nem a procurar criar ilusões aos professores, mentir aos professores sobre o que é que está em causa, nem enganar os portugueses”, afirmou, citado pela Lusa.

Na entrevista, o primeiro-ministro destacou que nem n espaço de uma década vai ser possível suportar financeiramente o descongelamento integral das carreiras.

“Eu não vou criar ilusões a dizer que vou devolver a integralidade do tempo, porque eu sei que só não vou eu, como não vai ninguém. E, não vai, não é este ano, nem no próximo, nem daqui a 10 anos, porque financeiramente não é possível fazer isso”, disse.

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