O Tesouro emitiu esta quarta-feira 1.250 milhões de euros, o montante máximo pretendido, no leilão duplo de Obrigações do Tesouro a 10 e 15 anos, tendo pago uma taxa mais negativa na maturidade mais curta face ao leilão de abril e na mais longa face ao leilão de fevereiro.
A Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública – IGCP tinha estabelecido um montante indicativo global entre 1.000 milhões de euros e 1.250 milhões de euros, tendo a procura superado a oferta, conforme antecipado pelos analistas.
Portugal emitiu 800 milhões na maturidade a 10 anos, com uma taxa de alocação de 1,059%. A procura superou a oferta em 1,88 vezes – no entanto, abaixo da registado no último leilão a 10 anos, que teve lugar a 10 de abril: 2,28 vezes. Portugal tinha registado a taxa mais baixa de sempre nesta maturidade. O Tesouro tinha emitido 600 milhões de euros, com uma taxa de alocação de 1,143%.
No mercado secundário, a yield a 10 anos caia esta quarta-feira para 1,070%, um novo mínimo de sempre, que compara com 1,090% na terça-feira.
Na maturidade mais longa, Portugal pagou 1,563% para emitir 450 milhões de euros. Nas OT a 15 anos, a procura superou a oferta em 1,9 vezes, que compara com os 2,29 vezes do último leilão a 15 anos, a 13 de fevereiro. O Tesouro tinha colocado 295 milhões em OT, com uma taxa de 2,045%.
“Apesar de termos tido algum ruído político nos últimos dias, tal não veio afetar o risco do país. Continuamos a beneficiar das baixas taxas da dívida soberana europeia”, realça Filipe Silva, diretor de gestão de ativos do Banco Carregosa. “Emitir dívida de longo prazo e com este custo é muito positivo para o país e continuará a permitir ir reduzindo o custo do serviço de dívida”, concluiu.
(Atualizado às 11h19)
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