Startup portuguesa vende tarifário móvel digital para 200 países

A Portugal Internet, empresa portuguesa focada em oferecer acesso à internet para turistas em território nacional, identificou uma nova oportunidade de mercado ao observar uma tendência crescente: a procura global por soluções simples, digitais e eficazes. Foi assim que, no final de 2024, nasceu a eSIMpass, uma evolução natural do negócio original, agora com ambição global. “A eSIMpass nasceu em final de 2024 e a aceitação tem sido muito positiva, com o negócio a crescer 200%. Por se tratar de um aluguer do serviço, é muito prático, não sendo necessária qualquer deslocação a lojas físicas”, diz Paulo Ferreira, CEO da eSIMpass, ao Jornal Económico.

Segundo dados da empresa, o recurso a este tipo de produtos pode gerar uma poupança de 90% de roaming para países fora da União Europeia. “São pacotes pré-pagos em que nunca haverá taxação adicional. Por exemplo, em países como Suíça, Marrocos, Japão, etc., o roaming pode custar cerca de 50 euros /GB enquanto que os nossos eSIMs custam menos de 3 euros /GB”, acrescenta Paulo Ferreira.

Do ponto de vista do cliente, o eSIMpass funciona de uma forma tão simples quanto o próprio cartão digital. O cliente escolhe qual o país de destino, escolhe a capacidade do cartão, que pode ir de 1 a 100GB e quando efetua a compra, sempre de forma digital, recebe automaticamente um e-mail com um QRcode e as instruções para ativação. “Como se trata de um cartão digital, a compra e instalação são praticamente automáticas. Não é necessário deslocações a lojas físicas, nem filas de espera, pelo que a rapidez e a eficácia são os principais atrativos”, diz o CEO.

Mais de 35% dos smartphones existentes já têm suporte para eSIM e entre os modelos novos lançados, acima de 70% já vêm com eSIM. Para que o preço seja o mais competitivo possível para o cliente, os cartões são vendidos consoante o destino e os preços variam tendo em conta os dias, os GB e o roaming de cada país. “Temos tarifários para 200 países e clientes de 100 países diferentes. Os preços e os pacotes são definidos com base nos valores que conseguimos obter nas negociações junto das operadoras e colocamos uma margem em cima”, explica Paulo Ferreira.