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Frente Comum anuncia greve da função pública em 24 de outubro

A Frente Comum adiantou que o Governo propôs, na reunião negocial desta sexta-feira, um aumento salarial na função pública de 56,58 euros em 2026, 60,52 euros em 2027 e 2028, mantendo o que estava previsto no acordo assinado em 2024, e a extensão do acordo até 2029, com aumento também de 60,52 euros. Uma proposta “inaceitável” que promove “um caminho de empobrecimento”, disse o coordenador da estrutura sindical.
26 Setembro 2025, 14h29

A Frente Comum anunciou esta sexta-feira uma greve geral de trabalhadores da administração pública no dia 24 de outubro, se o Governo não melhorar a proposta de valorização, que considera inaceitável.

“Vamos promover uma greve que se vai realizar no dia 24 de outubro, greve nacional dos trabalhadores da administração pública, de 24 horas, se o Governo não chegar a um ponto que permita uma assinatura [de um acordo] da estrutura mais representativa de trabalhadores, que somos nós”, avançou o coordenador da Frente Comum, Sebastião Santana, em declarações aos jornalistas, no final da primeira reunião negocial com a secretária de Estado da Administração Pública, Marisa Garrido, no Ministério das Finanças, em Lisboa.

A Frente Comum adiantou que o Governo propôs um aumento de 56,58 euros em 2026, 60,52 euros em 2027 e 2028, mantendo o que estava previsto no acordo assinado em 2024, e a extensão do acordo até 2029, com aumento também de 60,52 euros.

Para a estrutura, “esta proposta era inaceitável quando foi colocada pela primeira vez, hoje ainda é mais inaceitável”, tendo em conta o aumento do custo de vida.

“Nós continuamos com os mesmos salários, ou seja, estamos a promover um caminho de empobrecimento”, vincou o coordenador da Frente Comum, apontando que “o Governo tem todas as condições para inverter este processo, até para desmarcar esta greve, tem é de dar resposta e a resposta está muito longe de acontecer, pelo menos para já”.

Antes, o secretário-geral da Frente Sindical da Administração Pública (Fesap) revelou que o Governo propôs um aumento salarial de 60,52 euros na base remuneratória da administração pública, todos os anos até 2029, totalizando cerca de 300 euros. Uma proposta “insuficiente”, tendo em conta a subida dos preços, afirmou José Abraão aos jornalistas à saída da reunião.

“Nós dissemos que isto era insuficiente, o cabaz dos bens de primeira necessidade subiu 17% e é importante que as pessoas, já que também não tiveram aumento do subsídio de refeição este ano, se sintam minimamente compensadas por isso”, defendeu.

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