Setor tecnológico é o que mais beneficia com possibilidade de fim do shutdown nos Estados Unidos

O setor tecnológico norte-americano é o que mais está a beneficiar com o acordo no senado norte-americano para colocar fim ao shutdown nos Estados Unidos, que já vem desde 1 de outubro, sendo o maior da história do Estados Unidos. O mercado bolsista europeu está também em alta com o índice italiano a liderar os ganhos.

As bolsas mundiais iniciaram a semana recuperando das perdas acumuladas na semana anterior. Recorde-se que nos Estados Unidos os índices bolsistas interromperam três semanas consecutivas de subida. O motivo? “As preocupações com as elevadas avaliações e o crescente escrutínio em torno dos gastos com inteligência artificial (IA) afetaram muitas das ações orientadas para o crescimento, que impulsionaram a rápida ascensão dos índices desde o início de abril”, salienta a T.RowePrice.

Na semana passada o Nasdaq acumulou uma perda de 3% e o S&P 500 desceu 1,6%. No resto do mundo o índice europeu Stoxx Europe 600 desceu 1,24%, o Nikkei (Japão) caiu 4,07%. A contrariar as perdas esteve a bolsa de Shangai que avançou 1,08%

Bolsa norte-americana inicia semana no verde liderada pelo setor tecnológico

Todos os índices da bolsa dos Estados Unidos iniciaram a sessão desta segunda-feira a negociar no verde. O S&P 500 sobe 1,08% para os 6.801,33 pontos, o Nasdaq avança 1,82% para os 23.422,25 pontos, e o Dow Jones valoriza 0,61% para os 47.272,88 pontos.

Esta segunda-feira a área tecnológica soma um ganho 2,01% na abertura da bolsa norte-americana. Os maiores ganhos vão para a Nvidia que valoriza 3,73%, a Alphabet (dona da Google) que sobe 3,15%, e a Broadcom está a avançar 4,59%.

Quanto às sete magníficas, onde também estão a Alphabet, e a Nvidia, a Meta sobe 1,09%, a Amazon sobe 2,85%, a Tesla cresce 2%, a Microsoft avança 1,14%, enquanto que a Apple valoriza 1,25%.

Já a Oracle sobe 2,73% e a AMD dispara 4,38%.

O setor energético e de consumo não cíclico são os mais prejudicados na bolsa norte-americana esta segunda-feira. Na energia a Exxon cai 1,23% e a Chevron desce 1,16%. No consumo não cíclico salienta-se a perda de 1,18% da Procter & Gamble, a Coca-Cola quebra 1,22%, a Walmart desliza 0,80%, e a PepsiCo desce 1,06%.

Nos outros setores destaca-se o avanço de 1,36% no consumo cíclico, as financeiras somam um ganho de 0,47%, enquanto que a saúde sobe 0,48%. As industriais sobem 0,16%, os materiais básicos (0,10%), e as utilities (0,53%).

O setor imobiliário cai 0,49%.

“Para além de restabelecer uma normalização de serviços, o término da paralisação pode fazer chegar brevemente aos mercados muitos dos dados macroeconómicos cuja divulgação tem vindo a ser adiada, entre os quais os de criação de emprego e a evolução da inflação nos EUA”, salienta a research do Millennium.

Europa beneficia com fim do shutdown norte-americano

Entre as congêneres europeias a que está a ser mais beneficiada é a bolsa italiana (FTSE MIB) que acumula esta segunda-feira uma subida de 2,20% para os 43.860.00 pontos. O DAX (Alemanha) e o IBEX 35 (Espanha) estão também entre as que mais ganhos estão a ter com a possibilidade do fim do shutdown norte-americano. Os índices alemão e espanhol estão a subir 1,82% para os 23.985,48 pontos e 1,68% para os 16.150,50 pontos.

O FTSE 100 (Reino Unido) e o CAC 40 (França) estão também a valorizar acumulando ganhos de 1,08% para os 9.787,30 pontos e 1,42% para os 8.062,93 pontos. E o AEX (Países Baixos) avança 1,15% para os 961.67 pontos.

Já o índice português PSI 20 sobe 1,54% para os 8.313,37 pontos.

As bolsas asiáticas também tiveram ganhos com a possibilidade de fim do shutdown nos Estados Unidos. O índice japonês Nikkei fechou com uma valorização de 1,26% para os 50.911,76 pontos e a bolsa de Shangai subiu 0,53% para os 4.018,60 pontos.

Atualizado às 15h31