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Serviço Geológico Britânico prevê maior ‘tempestade solar canibal’ a atingir a terra em mais de duas décadas

O Reino Unido está a enfrentar uma tempestade solar que provocou auroras boreais durante a noite. O Serviço Geológico Britânico (BGS) sugere a ocorrência de uma segunda tempestade alimentada pela primeira, que interrompeu as comunicações e a precisão dos GPS. “O aumento da atividade da tempestade iminente poderá ter impactos ainda mais significativos nas tecnologias espaciais e terrestres, incluindo sistemas de comunicação, sistemas de posicionamento global (GPS) e órbitas de satélites”, alerta o mesmo serviço.
Créditos: BBC/Paul Appleby
Créditos: BBC/Paul Appleby
12 Novembro 2025, 16h16

O Serviço Geológico Britânico (BGS) atualizou esta quarta-feira a sua previsão geomagnética para o nível de intensidade mais elevado, numa altura em que a região enfrenta uma tempestade solar, que provocou auroras boreais em todo o Reino Unido durante a noite.

As previsões do mesmo serviço sugerem que pode ocorrer uma segunda tempestade, alimentada pela primeira tempestade, criando aquela que pode ser a maior tempestade solar a atingir o planeta terra em mais de duas décadas.

“Os cientistas acreditam que tem potencial para atingir o nível máximo de G5 à escala de tempestades da Administração Nacional Oceânica e Atmosférica (NOAA), dos Estados Unidos. Apelidada de “tempestade canibal”, o primeiro evento já interrompeu as comunicações e a precisão dos satélites do Sistema de Posicionamento Global (GPS). Ao nível do solo, criou o maior campo geoeléctrico medido desde que os registos do BGS começaram em 2012″, salienta o BGS.

O serviço geológico acrescentou que o aumento da atividade da tempestade iminente “poderá ter impactos ainda mais significativos” nas tecnologias espaciais e terrestres, incluindo sistemas de comunicação, sistemas de posicionamento global (GPS) e órbitas de satélites.

“As tempestades geomagnéticas são causadas pela interação da atividade solar com o campo magnético terrestre, o que tem implicações para a infraestrutura energética nacional e para a navegação. Por este motivo, consta como um dos principais riscos no Registo Nacional de Riscos do Reino Unido”, salienta o mesmo serviço.

O BGS sublinha que como qualquer previsão “não é possível afirmar com certeza a magnitude exata” da tempestade.

“As tempestades solares viajam a partir do Sol e podem atingir a Terra em apenas 17 horas, embora também possam demorar muito mais tempo. Com base nas observações de satélite, prevemos que este evento será significativo; indícios iniciais, como as medições terrestres de partículas energéticas solares, estão entre os mais elevados registados desde 2005”, explica o serviço geológico.

“Considerando céus limpos e escuros, há uma maior probabilidade de observar auroras boreais no Reino Unido esta noite. Os observadores na Escócia, norte de Inglaterra e Irlanda do Norte têm as melhores hipóteses, se o tempo estiver favorável”, acrescenta o BGS.


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