O grupo MDS prevê obter receitas brutas de 260 milhões de euros, das quais cerca de 80 milhões, ou seja 30%, serão geradas pela subsidiária MDS Portugal, disse a administração liderada por José Manuel Fonseca.
Os restantes 180 milhões estão repartidos pelas subsidiárias em diferentes geografias onde o grupo está presente. Destaca-se o Brasil onde as receitas ascenderão este ano a 140 milhões de euros brutos e Angola de onde são esperadas vir receitas de 13 milhões de euros, equivalente a 5%.
Estas receitas são “pro-forma”, ou seja ajustadas às muitas aquisições que entretanto vão fazendo, explicou a administração da MDS. “A ambição é sempre crescer a dois dígitos”, disse a MDS, referindo-se ao crescimento orgânico. Mas também apostam no crescimento inorgânico, ou seja, por fusões e aquisições, e o grupo MDS é dos mais ativos em M&A.
O Grupo MDS, liderado por José Manuel Fonseca (CEO Global do Grupo MDS e Presidente e CEO da Brokerslink), é uma multinacional portuguesa líder na corretagem de seguros, de resseguros e consultoria de riscos, com presença em vários continentes e capacidade de operação global– e que é um Lloyd’s broker, o único de origem portuguesa, com acesso direto ao mercado de seguros mais importante do mundo (o britânico).
Os prémios de seguros geridos pelo grupo MDS, em 2025, deverão ascender a mais de 3 mil milhões de euros, multiplicando assim por três os prémios obtidos em 2022. Porquê 2022? Porque foi nesse ano que a MDS, que nasceu no grupo Sonae pelas mãos do fundador Belmiro de Azevedo, foi comprada pela Ardonagh, um grupo de corretagem de seguros britânico que é um dos maiores do mundo e que é especializado em soluções de seguros e gestão de riscos.
Apesar de terem sido vendidos a um grupo internacional, a MDS ainda tem a Sonae como cliente, explicou José Manuel Fonseca.
Desde de 2022 que a Ardonagh passou a ser a dona da empresa-mãe da corretora portuguesa MDS, o que lhe permitiu tendo expandir a sua presença para países como Portugal, Brasil e África.
Outro dado revelado refere-se ao número de trabalhadores que em todo o grupo MDS ascende a 2.500, dos quais 500 em Portugal. A média de idades do quadro de pessoal é de 43 anos.
A MDS Portugal é um corretor de seguros líder no mercado português e um consultor global de gestão de riscos, atuando em todos os ramos de seguros. Tem como CEO Ricardo Pinto dos Santos.
Os prémios de seguros da MDS Portugal ascendem a 500 milhões de euros explicou o CEO do grupo. “Estamos no top 5 das seguradoras em Portugal”, acrescentou.
No ranking dos corretores de seguros estão em Número Um em Portugal em prémios, com uma produção em 2024 de 61,36 milhões de euros. O segundo do ranking é a Sabseg com prémios de 43,98 milhões de euros. Depois surge a AON com 30,58 milhões, a Marsh com 27,35 milhões, a Verlingue com 18,37 milhões, a WTW com 15,21 milhões e e Villas Boas ACP com 12,18 milhões.
A empresa que detém a MDS, o grupo Ardonagh, gere prémios de seguros no valor de 18 mil milhões de euros e as receitas em 2024 ascendem a 2,5 mil milhões de euros. Só para se ter uma ideia da dimensão.
O Grupo MDS opera sob uma holding MDS SGPS que consolida as demonstrações financeiras de todas as suas subsidiárias. O grupo tem a MDS Portugal; a MDS Brasil; a MDS Angola; a MDS Moçambique; a MDS Chile; e a MDS Espanha.
Desde que foi comprado 100% pela Ardonagh Global Partners (AGP), o grupo MDS não pára de crescer por aquisições. Em 2022 e 2023 fez 11 aquisições (4 no Brasil, 4 em Portugal, uma no Chile, uma nos EUA, e uma no Chipre). Em 2024 fez 13 aquisições, quatro no Brasil e 9 em Portugal, e este ano já fez 5 aquisições no Brasil, 4 em Espanha, 7 em Portugal e uma na Suíça). Somam 41 aquisições, para o qual investiram 400 milhões de euros. Mas prometem não ficar por aí.
Aguardam a autorização dos reguladores para a compra da Seguramos em Portugal e mais se seguirão, de várias dimensões, a maioria de pequena dimensão.
O grupo MDS tem alocado pelo menos 100 milhões de euros para aquisições em 2026. A estratégia de expansão segue a proximidade dos mercados onde estão presentes. As três grandes regiões são Europa, África e América Latina.
“Somos muito mais do que um broker”, disse o CEO do grupo MDS referindo-se ao facto de ser um grupo com empresas diversificadas. Têm a corretagem de seguros (onde são líderes de mercado em Portugal e Angola); a consultoria de risco através da RCG (Risk Consulting Group) que opera em mais de 50 países. Depois têm a MDS Re, que é uma resseguradora que tem como clientes as seguradoras, e tanto cobrem riscos simples das seguradoras, como riscos complexos).
Depois têm uma seguradora cativa, com sede em Malta, a Highdome, que responde à procura de soluções de transferência de risco em empresas estruturadas em células, as PCC – Protected cell companies. Protected Cell Company (PCC), ou Companhia de Célula Protegida, é uma estrutura corporativa que, embora seja uma entidade legal única, permite a criação de múltiplos departamentos ou “células” independentes. O principal objetivo é a segregação de ativos e responsabilidades de cada célula do núcleo da empresa e das outras células. Cada “célula” funciona como uma unidade de negócio separada, com os seus próprios ativos, passivos. O elemento chave é a proteção legal. Os credores de uma célula só podem reclamar os ativos dessa célula específica.
Acresce ainda a Solutions 360 que é uma consultora especializada em tecnologia.
O grupo MDS tem a vantagens de “navegar num oceano que se chama Brokerslink, a rede mundial de corretores que é liderada por nós, e que está em cerca de 140 países“, disse José Manuel Fonseca.
A Brokerslink é uma empresa que tem uma rede mundial de brokers e de empresas especializadas em risco, foi fundada em 2004 e tem sede na Suíça, mas a sua criação e história estão fortemente ligadas à MDS de Portugal. Começou como uma rede global informal de corretores de seguros independentes e transformou-se numa empresa de corretagem global. A sua rede está presente em mais de 140 países.
O Grupo MDS tem 13,5% da Brokerslink e a Ardonagh tem cerca de 30% deste rede de brokers global, revelou José Manuel Fonseca.

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