As pessoas qualificadas são fundamentais para o êxito da Europa face aos seus contendores, os Estados Unidos e a China, mas é preciso agir para reter os nossos no continente ou facilitar a sua mobilidade e conseguir atrair outros de fora.
O relatório “The State of European Tech”, elaborado pela Atomico em parceria com a Amazon Web Services, Orrick, HSBC Innovation Banking e Slush, hoje divulgado, apresenta soluções concretas: Risco de recompensa; Trazer os melhores talentos do mundo para a Europa; Desbloquear a mobilidade de talento.
Tornar a Europa o destino de eleição para os jovens qualificados mais ambiciosos do mundo, numa altura em que se fecham portas e se erguem muros é uma oportunidade que não se pode desperdiçar. O relatório propõe, em concreto, a criação de “um regime único e rápido de vistos que torne a relocalização fácil e a permanência óbvia”.
Segundo o documento, na criação global de startups, a região está em pé de igualdade com os EUA e a Ásia e continua a ser uma beneficiária líquida dos fluxos internacionais de talentos, enquanto 81% dos fundadores europeus de IA permanecem agora na Europa, contra 74% em 2016. O número de talentos na Europa cresceu 4%, atingindo os 4,6 milhões, no último ano, adianta.
De acordo com o estudo, “a confiança e a missão também estão a aumentar”. Para uns expressivos 42% dos inquiridos é mais atraente tornar-se fundador de uma startup na Europa hoje do que era há um ano, enquanto 51% afirma que construir na Europa é fundamental para a sua missão. Apenas 19% afirma ser menos atraente dar esse passo agora.
No que diz respeito a Portugal, refere-se que 35% dos inquiridos estão mais otimistas quanto ao futuro da tecnologia europeia do que estavam em 2024, enquanto 38% mantêm a mesma perspetiva.
Para alguns fundadores de startups, a expansão do negócio leva à saída. Os dados revelam que cerca de 18% das empresas tecnológicas em fase inicial fundadas na Europa estão sediadas fora das fronteiras do continente, um número que sobe para perto de 30% na Série C e mais além. Além disso, os fundadores europeus repetentes optam cada vez mais por construir a partir dos EUA, passando de 9% há uma década para 18% atualmente.
Consideram os autores que embora a narrativa de “brain drain” seja claramente inadequada, “cada fundador que deixa a Europa já é uma perda”. O que fazer, então?
Também aqui, “The State of European Tech” apresenta uma solução concreta: desbloquear a mobilidade de talento: “facilitar a liberdade dos fundadores e operadores de se deslocarem, trabalharem e construírem na Europa”.
No início deste ano, a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen anunciou 500 milhões com a mira apontada aos visados pelas políticas de cortes na ciência de Donald Trump. Ao Jornal Económico, os reitores das Universidades NOVA e de Aveiro saudaram a decisão.
A NOVA Medical School – Faculdade de Ciências Médicas anunciou em maio o lançamento de um programa para “atrair investigadores internacionais de excelência”.
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