A Moody’s Ratings aumentou de Aa2 para Aaa o rating dos títulos garantidos emitidos pelo Banco BPI no âmbito do seu programa de títulos garantidos do setor público (o programa).
Numa nota publicada hoje a agência de notação financeira diz que “a ação de rating decorre de alterações nas perdas mínimas da carteira de cobertura que modelámos na nossa análise de rating para determinados títulos garantidos do setor público”.
Uma subida do rating da Moody’s para as obrigações cobertas do setor público do Banco BPI significa que a agência de notação de risco considera que o risco de crédito associado a esses instrumentos financeiros diminuiu. Isso é uma notícia positiva, pois sugere uma maior segurança para os investidores.
“A sobrecolateralização mínima compatível com o nível de rating Aaa é de 22,5%. À data do relatório mais recente, a sobrecolateralização disponível era de 39,6%”, acrescenta a Moody’s.
A agência explica que determinam os ratings das obrigações cobertas utilizando um processo de duas etapas: uma análise de perda esperada e uma análise da estrutura de TPI – Timely Payment Indicator (Indicador de Pagamento Pontual).
A notação de base(âncora) das CB (Covered Bond/Obrigações Hipotecárias) para o programa é de A1, sendo a avaliação de Risco de Contraparte (CR) do Banco BPI mais 1 nível (notch), refere a Moody’s.
A agência detalha que “as perdas do conjunto de cobertura (cover pool) para o programa são de 25%. Esta é uma estimativa das perdas que atualmente modelamos na sequência de um evento de âncora das CB. Segmentamos as perdas do conjunto de cobertura entre risco de mercado de 18,1% e risco de colateral (garantias) de 6,9%. O risco de mercado mede as perdas decorrentes do risco de refinanciamento e dos riscos relacionados com incompatibilidades (mismatches) de taxas de juro e câmbio (estas perdas podem resultar de certos riscos legais e do risco de um choque económico após um default soberano). O risco de colateral mede as perdas resultantes diretamente da qualidade de crédito dos ativos do conjunto de cobertura. Derivamos o risco de colateral do score (pontuação) de colateral, que para o programa é atualmente de 13,9%”.
“A sobrecolateralização na carteira de cobertura é de 39,6%, dos quais o emitente fornece 7% em regime de garantia”, acrescenta.
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