A edição do Fórum Económico Mundial de Davos deste ano contou apenas com a participação de uma representante do tecido empresarial português. Cláudia Azevedo, presidente executiva do grupo Sonae, marcou presença no fórum, que decorre em 2021 apenas em território digital, para defender que as administrações das empresas devem promover uma cultura de “confiança e transparência” na resposta à pandemia.
Num painel sobre a reorientação dos conselhos de administração das empresas para o longo prazo, Cláudia Azevedo começou por afirmar que lidera um “grupo diversificado” cujos negócios têm culturas, propósitos e governance próprios. “No que que respeita à governança, damos autonomia aos negócios para criar condições para que os trabalhadores façam parte da transformação e liderem a transformação”, disse, referindo que cada negócio tem os seus desafios.
A líder da Sonae admitiu que houve áreas do grupo que “foram afetadas pela pandemia” e outras que não. E “a pandemia veio demonstrar a importância dos valores, do propósito e das pessoas para as empresas”, referiu, realçando que a missão das empresas ganhou uma especial relevância.
Sobre a forma como responder perante o atual cenário, Cláudia Azevedo vincou que na Sonae existe o mesmo propósito há 16 anos, “que é criar valor económico e social”. E é essa missão de gerar valor que a empresária defende como parte da solução do atual contexto.
Questionada sobre os conselhos de administração devem optar por uma reorientação estrutural ou conjuntural, a CEO da Sonae afirmou que a mudança deve ser estrutural.
“Em 2020, tornámos possíveis coisas que pensamos ser impossíveis e seria uma pena se não continuássemos nesse registo. Enquanto administração, não podemos não ser estrutural”, afirmou.
O painel em que participou Cláudia Azevedo, líder da Sonae há cerca de dois anos, foi moderado por Jean Raby, presidente executivo do Natixis. Outros dos participantes foram André Hoffmann, chairman do Massellaz, Masayuki Hyodo, presidente e CEO da Sumitomo Corporation, Paul Bulcke, chairman da Nestlé e Adam Robbins, responsável pelas iniciativas futuras de investimento do Fórum Económico Mundial.
A reunião presencial do reputado Fórum Económico Mundial foi adiada para maio. Contudo, o fórum presencial será em Singapura e não em Davos, na Suíça.
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