O PSI-20 caiu 1,49% para 4.888,68 pontos, destacando-se a EDP Renováveis que recuou 4,69% para 23,35 euros. Também a EDP caiu 1,84% para 5,22 euros no fecho da sessão desta terça-feira.
Outras ações se destacaram na queda. A NOS caiu 2,92% para 2,86 euros e a Jerónimo Martins recua 1,41% para 14,03 euros. Também a Pharol teve queda expressiva de 2,92%. O BCP fechou a perder 0,77% para 0,1153 euros depois de ter sido conhecido que o Millennium Bank na Polónia teve que constituir provisões extraordinárias de 379,6 milhões de zlótis (83,5 milhões de euros) para a sua exposição ao risco de perder ações em tribunal dos clientes que contraíram no passado crédito à habitação em francos suíços. Essa provisão arrastou o banco polaco dominado pelo BCP para perdas trimestrais.
Pela positiva destacou-se a industrial Ramada que subiu 4% para 4,68 euros. A Semapa valorizou 1,27% para 8,79 euros.
A Galp fechou a subir 0,42% para 8,62 euros, no dia em que se soube que a Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE) condenou a Galp Power ao pagamento de uma multa de 752 mil euros, pela prática de 125 contraordenações. A empresa compensou os consumidores lesados e prescindiu de levar o caso a tribunal, pelo que a multa foi reduzida para metade. A Galp já pagou a coima.
A Mota-Engil subiu 0,72% para 1,390 euros.
“Os principais índices de ações europeus encerraram na sua generalidade em alta, com o índice português em contraciclo, pressionado pelas quedas de EDP, EDPR e NOS, que foi cortada por uma casa de investimento”, refere o analista de mercados do BCP, Ramiro Loureiro.
“O BCP reagiu negativamente após a sua unidade polaca, o Bank Millennium, ter anunciado que vai registar provisões no 4.ºtrimestre relacionadas com o risco de crédito hipotecário em divisa estrangeira”, aponta o analista da Mtrader.
O EuroStoxx 50 fechou em alta de 1,12% para 3.592,83 pontos. O verde dominou as praças europeias. O FTSE 100 de Londres ganhou 0,23% para 6.654,01 pontos. O CAC 40 valorizou 0,93% para 5.523,5 pontos; o DAX disparou 1,66% para 13.871 pontos; o FTSE MIB de Milão avançou 1,15% para 21.987 pontos e o IBEX ganhou 0,86% para 7.964,9 pontos.
Tirando Portugal, só a Noruega e a Dinamarca viram os índices bolsistas fecharem em queda.
Hoje o FMI cortou as estimativas de crescimento económico para a zona euro em 2021, elevando, contudo, as perspetivas para a economia norte-americana, o que acabou por suportar o sentimento, diz o analista de mercados do BCP, Ramiro Loureiro.
Segundo o Fundo Monetário Internacional (FMI), o Produto Interno Bruto (PIB) mundial deverá diminuir 3,5% em 2020 e aumentar 5,5% em 2021 e 4,2% em 2022, A previsão para 2021 foi revista em alta em 0,3 p.p. face ao outlook de outubro.
Relativamente à zona euro, o FMI reviu em baixa a previsão para 2021 em 1,0 p.p. e reviu em alta em 0,5 p.p. a de 2022, sendo agora as previsões de -7,2% para 2020, 4,2% para 2021 e 3,6% para 2021.
Para os Estados Unidos da América, o FMI prevê uma diminuição do PIB de 3,4% para 2020 e um aumento de 5,1% para 2021 e de 2,5% para 2022 (previsões de 2021 e 2022 revistas em alta em 2,0 p.p. e em baixa em 0,4 p.p., respetivamente, face ao Outlook de outubro).
Prevê-se ainda que, para os anos de 2020, 2021 e 2022, a Alemanha tenha variações do PIB de -5,4%, 3,5% e 3,1%, que a Itália tenha variações de -9,2%, 3% e 3,6%, que a França tenha variações de -9,0%, 5,5% e 4,1% e que a Espanha tenha variações de -11,1%, 5,9% e 4,7%, respetivamente.
Noutro mercado, o Brent, em Londres recua 0,29% para 55,72 dólares o barril.
O euro valoriza 0,11% para 1,2152 dólares.
A dívida pública alemã a 10 anos sobe 1,58 pontos base para -0,53%. Portugal tem os juros da República a subirem ligeiramente (+0,13 pontos base para 0,02%). Espanha também com os juros a subirem 0,04 pontos base para 0,07%. Ao contrário Itália, que viu hoje o seu primeiro-ministro Giuseppe Conte comunicar a decisão de se demitir do cargo ao Presidente italiano, tem os juros em queda de 3,07 pontos base para 0,65%.
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