O despacho que regula os termos de fixação de vagas para o Concurso Nacional de Acesso ao Ensino Superior (CNA) 2019 considera explicitamente “a exigência do aumento de vagas em ciclos de estudos com elevado número de candidatos em primeira opção no concurso nacional de acesso 2018 com nota superior a 17 valores”.
Entre os cursos superiores mais procurados por alunos de excelência estão, por exemplo, Engenharia Física Tecnológica, Engenharia Aeroespacial e Matemática Aplicada e Computação, do Instituto Superior Técnico, em Lisboa, ou Engenharia e Gestão Industrial e Bioengenharia, da FEUP, no Porto.
O aumento do número de vagas nos cursos de “excelência” é a novidade mais emblemática do concurso de acesso ao ensino superior, cuja primeira fase arranca a 17 de julho. De fora, quer do aumento, quer da diminuição das vagas, ficam os cursos de Medicina.
O despacho do ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Manuel Heitor, seguiu já para publicação em Diário da República, o que deverá acontecer nas próximas horas, ao que o Jornal Económico apurou.
O despacho, elaborado com base nas recomendações do grupo de trabalho liderado pelo professor João Guerreiro que a tutela aceitou, colheu ‘luz verde’ quer dos reitores quer dos presidentes dos politécnicos.
“O CCISP concorda com a generalidade das opções propostas pela tutela e destaca a existência de medidas positivas para a rede de ensino superior”, refere um comunicado do Conselho Coordenador dos Institutos Superiores Politécnicos. De igual modo, o CRUP, que representa as 14 universidades públicas e a Universidade Católica, afirmou ” reconhecer-se num conjunto de princípios que subjazem às opções tomadas”, embora acrescentando algumas sugestões de alteração.
Outra das novidades do despacho do ministro Manuel Heitor é a possibilidade das regiões com menor procura poderem aumentar em 5% o número de vagas, desde que “estejam em causa cursos que visem formação em competências digitais e em áreas consideradas estratégicas para a especialização da instituição”.
Nas restantes situações, a proposta aponta para a manutenção do número máximo de vagas estabelecido para o ano letivo 2018/2019.
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