O gigante norte-americano General Motors (GM) reconheceu hoje que em 2035 pretende descontinuar a produção de veículos ligeiros com motores a combustão, no segmento dos designados veículos light-duty, para passar a comercializar apenas veículos com zero emissões poluentes. A informação foi divulgada em breaking news pelo jornal The New York Times, adiantando que a GM quer atingir a neutralidade carbónica em 2040 e pretende avançar com a apresentação no próximo outono de uma pickup Hummer elétrica.
Um dos três maiores fabricantes norte-americanos de automóveis com sede em Detroit, capital industrial dos EUA, avançou na decisão que era considerada como a forma imediata de pressionar os mais diretos adversários – a Ford e a Chrysler – a iniciar uma nova competição na indústria do sector. O primeiro fabricante a admitir a rutura com os carros com motores a gasolina iria provocar uma alteração drástica na estratégia industrial dos restantes. Esta decisão tinha vindo a ser protelada porque a administração Trump não tinha na agenda estratégias de defesa ambiental impostas à industria norte-americana, sendo aliás suportado politicamente por lobbies ligados à produção tradicional de petróleo e à extração de shale gas e shale oil.
Com a tomada de posse de Joe Biden, a administração dos EUA reintroduziu as questões ambientais, travando as atividades de extração mineira relacionadas com a produção de combustíveis fósseis, o que implicou uma revisão das estratégias dos gigantes industriais norte-americanos, entre eles a GM, que anuncia o fim dos carros ligeiros com motores a gasolina em 2035.
Em comunicado corporativo, a GM anunciou que tenciona tornar-se uma companhia neutra nas emissões de carbono dos seus veículos, bem como nas suas operações globais, até 2040, comprometendo-se a estabelecer metas científicas para atingir a neutralidade de carbono. A GM também assinou o Business Ambition Pledge que impõe limites estritos ao aquecimento global, promovendo uma coligação de organizações na ONU, onde figuram igualmente líderes empresariais e industriais.
“A General Motors está a juntar-se aos governos e empresas em todo o mundo, trabalhando para estabelecer um planeta mais seguro, mais verde e melhor”, afirmou a presidente e CEO da GM, Mary Barra. “Nós encorajamos outros a seguirem o nosso exemplo e a fomentarem um impacto significativo na nossa indústria e na economia como um todo”, sublinhou. A GM gere seis marcas no sector automóvel, designadamente, a Chevrolet, a Buick, a GMC, a Cadillac, a Baojun e a Wuling.
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