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Ryanair ameaça despedir pilotos que faltem mais de quatro dias por ano

A companhia irlandesa ameaça despedir pilotos que faltem mais de quatro dias por ano. Os pilotos receiam que as baixas médicas sejam tidas em conta e estão a estudar a possibilidade de apresentar queixa junto da Agência da União Europeia da Segurança da Aviação.
24 Julho 2019, 15h28

Pilotar aviões é uma profissão exigente e requer que os pilotos estejam em boas condições a nível físico e psicológico.

A baixa médica de pilotos por motivos de saúde é comum na indústria da aviação, destaca o El Economista, devido às responsabilidades associadas a pilotar um avião. Lesões oculares ou até uma “simples” constipação, podem ter consequências diretas na pilotagem de avião, e estas baixas médicas têm o objetivo de assegurar que conseguem trabalhar nas melhores condições.

Estas ausências forçadas estão a criar um novo conflito laboral entre os pilotos e a administração da Ryanair. Numa carta dirigida aos seus pilotos, a companhia irlandesa avisa que vai passar a controlar as faltas iguais ou superiores a quatro dias. Quem ultrapassar este limite, “terá o seu lugar na empresa em risco”, ameaça a Ryanair, segundo o El Economista.

A companhia aérea de baixo custo reconhece que há ausências que são inevitáveis, mas avisa: os pilotos que se “ausentem por mais de quatro dias ao longo do ano, estarão a colocar o trabalho dos seus colegas em risco, e também o seu próprio contrato”.

Os pilotos receiam que as baixas médicas sejam tidas em conta e que sejam penalizados por estas faltas justificadas. “Os pilotos estão a ir trabalhar muitas vezes doentes, com medo de sofrer represálias ou de perder o emprego. É claro que isto pode ter consequências graves ao nível da segurança”, disse um representante dos pilotos da Ryanair ao El Economista, destacando as constantes pressões a que os pilotos estão sujeitos.

Os pilotos da companhia aérea estudam agora a possibilidade de apresentarem uma queixa junto da agência da União Europeia para a Segurança na Aviação, motivados pelas “pressões” a que estão sujeitos. Os pilotos argumentam que “estas pressões farão com que muitos colegas se sintam stressados, colocando diretamente em risco a segurança dos seus trabalhos”.

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