O tráfego na rede da BCR – Brisa Concessão Rodoviária registou um “crescimento robusto”, de 6% face ao período homólogo, “suportado pelo crescimento orgânico”.
Depois de um crescimento de 5,6% registado no primeiro trimestre, no segundo trimestre desta ano, ainda com o ‘efeito Páscoa’, ainda se acentuou mais este ritmo de crescimento, com uma subida de 6,3% em comparação com o período homólogo.
Esta subida de tráfego foi transversal aos diversos tipos de veículos: subida de 5,9% nos veículos pesados e de 6% nos automóveis ligeiros.
No final do primeiro semestre deste ano, a estrutura de tráfego da rede da Brisa era de 93,9% de carros ligeiros e dos restantes 6,1% de veículos pesados.
Segundo os responsáveis da BCR, no período em análise, verificou-se um “forte desempenho do do tráfego, suportados por condições macro económicas favoráveis”.
A BCR acrescenta que no primeiro semestre de 2019, o crescimento do tráfego beneficiou de más condições climatéricas registadas durante o primeiro semestre de 2018.
Os maiores crescimentos percentuais de tráfego durante o primeiro semestre deste ano verificaram-se na A10 (+ 11,5%), A14 (+ 9,7%), A9 (+ 7,5%), A6 (+ 7,4%), A2 (+ 7,1%), A13 (7%), A12 (+ 6,9%), e A3 (+ 6,6%). Todos as estas subidas de tráfego posicionaram-se acima da média da rede geral de autoestradas geridas pela BCR.
Por exemplo, a A1, a principal autoestrada da rede da Brisa, contribuindo no primeiro semestre deste ano para 46% do total do tráfego movimentado, registou um crescimento de tráfego de apenas 5,4% no período em análise.
Aliado ao crescimento do tráfego, os responsáveis sublinham o “forte desempenho operacional” da empresa, com o EBITDA a passar de 201 para 232 milhões de euros, um aumento de 10,5%, “refletindo um forte crescimento das receitas e custos operacionais estáveis.
Os proveitos operacionais cresceram 7,8% para 299,1 milhões de euros, com as receitas de portagem a valerem 285,8 milhões de euros (+ 6,9%), mas as receitas das áreas de serviço, de 10,6 milhões de euros, a protagonizarem a maior subida, na casa dos 38,6%.
O resultado líquido da BCR subiu também, 35,3%, para 83,2 milhões de euros, “suportado pelo aumento das receitas de portagem e das áreas de serviço, associado ao controlo dos custos operacionais e financeiros”.
Por seu turno, os custos financeiros da Brisa tiveram “uma redução significativa”, passando de 36 para 31 milhões de euros, de 2,5% para 2,2%.
Este decréscimo do custo da dívida da BCR ocorre “depois do reembolso em abril de 2018 de uma emissão obrigacionista de 300 milhões de euros (cupão 6,875%).
Mesmo assim, apesar de terem melhorado, os resultados financeiros da BCR mantiveram negativos, em 30,6 milhões de euros.
A empresa liderada por Vasco de Mello destaca ainda a “gestão financeira prudente”, com “uma forte posição de liquidez”, traduzida em 229 milhões de euros em ‘cash’ e 250 milhões de euros em linhas bancárias com garantia de subscrição. mas não utilizadas.
Neste capítulo, a gestão da BCR assinala também o “perfil de amortização da dívida pouco concentrado, com baixo risco de refinanciamento”; a “desalavancagem significativa”, com um rácio de dívida líquida/EBITDA de 3,66x; e o “‘rating investment grade’ acima do ‘rating’ soberano”, com notações de A-, com ‘outlook’ estável por parte da Fitch, e Baa2, com ‘outlook’ igualmente estável, por parte da Moody’s.
O investimento (‘capex’) subiu 98,6%, para 33,2 milhões de euros, essencialmente aplicado nas reparações efetuadas na A1, A2, Circular Sul de Braga e AG, além da reabilitação de viaduto na A1, A2, A3 e A4 e trabalho de alargamento no sublanço da A4, entre Águas Santas (A4/A3) e rmesinde.
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