[weglot_switcher]

Pharol aumenta lucros no primeiro semestre com indemnização da Oi

Luís Palha da Silva, presidente da Pharol, disse que o início do semestre “ficou marcado com o alcançar do acordo com a Oi para ressarcimento de prejuízos sofridos com decisões tomadas no processo de recuperação judicial da nossa participada”.
Luís Palha da Silva, CEO da Pharol
26 Julho 2019, 18h40

A Pharol registou lucros de 24,8 milhões de euros no primeiro semestre deste ano, o que compara com os prejuízos de 2,8 milhões apresentados há um ano atrás.

Em comunicado divulgado pela Comissão do Mercado dos Valores Mobiliários (CMVM), a Pharol justifica os resultados com a indemnização de 36,8 milhões de euros que a Oi pagou à empresa liderada por Luís Palha da Silva, mas também com a imparidade (perda) de 10,1 milhões de euros decorrente do valor expectável da Rio Forte e os custos operacionais no valor de dois milhões de euros.

Luís Palha da Silva disse que o início do semestre “ficou marcado com o alcançar do acordo com a Oi para ressarcimento de prejuízos sofridos com decisões tomadas no processo de recuperação judicial da nossa participada”.

Para o presidente executivo da Pharol, isto representa “uma página que, uma vez virada, permite a ambas as partes uma mais clara concentração de esforços e recursos nos desafios estratégicos, financeiros e operacionais que o difícil ambiente económico brasileiro e um muito competitivo enquadramento setorial exigem”.

Agora, a “Oi pode preparar-se para uma nova fase de investimento”, sendo que, “ao longo dos próximos semestres, a Pharal irá beneficiar de uma redução de uma parte significativa dos seus custos, ligada ao pesado contencioso jurídico que resultava do litígio com a Oi”, frisou Luís Palha da Silva.

A Pharol detinha, no último dia de junho, 326,259,859 ações ordinárias e 1,8 milhões de ações preferenciais da Oi, detendo, assim, 5,5% do capital social da Oi.

Os custos operacionais no primeiro semestre deste ano caíram em 400 mil euros por comparação com o período homólogo, fixando-se nos dois milhões de euros. “Esta redução de custos geral foi mais acentuada nos serviços jurídicos e de consultoria”, explicou a Pharol.

Entre os principais riscos e incertezas que poderão ter impacto na Pharol, a empresa assinalou que o “principal risco a que (…) está sujeita no Brasil decorre ainda da execução da recuperação judicial da Oi”. Isto porque é ainda possível que, até março do próximo ano, “a realização de um terceiro aumento de capital com entrada de dinheiro” pode levar a uma “nova destruição de valor, caso os direitos de subscrição venham a cotar-se abaixo do seu valor teórico”.

“Com as medidas da recuperação judicial já na sua fase final de implementação e consequentemente a Pharol ter sofrido uma diluição na sua participação, a Pharol volta a estar sujeita no Brasil ao desempenho operacional da companhia Oi”.

Sobre a Rio Forte, a Pharol explicou que em 30 de junho de 2019, e “apóos cico anos da entrada da recmação de crédito sobre a Rio Forte, foi divulgado a 30 de abril de 2019 um novo relatório dos administradores judiciais” que aponta “o adiamento dos resultados da conclusão da análise administrativa das declarações de dívida” e, acima de tudo, “a revisão em baixa do valor da Rio Forte na América Latina”.

 

Copyright © Jornal Económico. Todos os direitos reservados.