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Lisboa é das piores cidades europeias para andar de trotinete

A Bloomberg escreveu que a deterioração das trotinetes é “inevitável”, sobretudo, pelo desgaste ou avaria das rodas após o uso intensivo destes veículos em calçada.
8 Agosto 2019, 12h57

A cidade de Lisboa está entre as piores da Europa para andar de trotinete por causa das ruas de calçada. Apesar desta dificuldade, a calçada não evitou a expansão das empresas de micromobilidade na capital portuguesa. Para combater isto, as empresas estão a investir mais em modelos de trotinete com materiais mais robustos.

“Lisboa é bastante difícil para andar de trotinete”, disse o diretor executivo da Wind, Eric Wang, citado pela “Bloomberg”. O responsável desta empresa de mobilidade suave frisou que existem ciclovias, mas fora dessas vias o piso é “bastante calcetado e irregular”. Lisboa é uma das cidades europeias mais antigas e, por isso, as ruas da capital preservam uma calçada centenária, compreensivelmente, imprópria para veículos de duas rodas como trotinetes.

As empresas que apostaram na trotinete como meio de transporte alternativo urbano apostaram nas cidades europeias mais turísticas como Lisboa ou Paris. No caso da capital portuguesa, apesar de existir uma ciclovia com uma rede de 90 quilómetros, grande parte dos utilizadores destes novos transportes movimentam-se em zonas de ruas estreitas onde a calçada portuguesa é o piso.

A calçada portuguesa nas ruas de Lisboa não só dificulta a mobilidade em trotinete, como também dificulta a passagem de carrinhas das empresas de mobilidade alternativa para recolha dos veículos.

“Às vezes temos de usar o metro para chegar aos veículos e recolhê-los”, contou o co-fundador da Circ, Carlos Bhola.

O município lisboeta definiu, desde o surgimento da nova tendência de mobilidade, zonas vermelhas onde as trotinetes não podem ser utilizadas, nomeadamente, no Bairro Alto e na zona do Castelo, contudo há muitas mais zonas onde a calçada portuguesa é a razão da degradação destes novos veículos.

A Bloomberg escreveu que a deterioração das trotinetes é “inevitável”, sobretudo, pelo desgaste ou avaria das rodas após o uso intensivo destes veículos em calçada.

A solução encontrada pelas empresas de micromobilidade está no fabrico de modelos próprios para pisos difíceis. A Lime, por exemplo, apostou em trotinetes com rodas maiores e suspensão robusta. A Bird – outro exemplo – tem trotinetes com material mais robusto e resistente, o que resulta em trotinetes mais pesadas.

Também como resposta, as empresas de mobilidade alternativa procuram modelos de trotinetes com uma vida útil de dois anos, pelo menos.

De acordo com plataforma Partilha Lisboa, há nas ruas de Lisboa cinco mil trotinetes.

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