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Entre fortes e castelos: a identidade portuguesa que renderá milhões

Tal como frisa o ministro João Gomes Cravinho, através do projeto do Turismo Militar, é promovida a história militar e o património arquitetónico, museológico, assim como o património imaterial da Defesa.
11 Setembro 2019, 09h30

Tal como frisa o ministro João Gomes Cravinho, através do projeto do Turismo Militar, é promovida a história militar e o património arquitetónico, museológico, assim como o património imaterial da Defesa. E com isso – reforça -, “divulgamos uma parte muito relevante da história de Portugal e dos espaços onde ela se foi construindo. A identidade nacional confunde-se, em larga medida, com a história militar do país”.

Ir ao encontro com a nossa identidade pode então passar por seguir uma das várias rotas ou um dos roteiros já propostos na plataforma digital. Melhor: cada um dos visitantes poderá elaborar um circuito à medida dos seus interesses. Admite-se que este novo produto turístico deverá potenciar receitas acrescidas.

No site oficial (www.turismomilitar.gov.pt), estão já disponíveis informações sobre património e rotas, existindo quatro percursos organizados, designadamente, a Rota da Estrada Nacional 2, o Roteiro dos Museus e Colecções Militares, e dois roteiros dos Castelos da Bandeira Nacional (Raia e Algarve).

A Rota da Estrada Nacional 2, considerada a terceira maior do mundo, seguida da Route 66 nos EUA e da Ruta 45, na Argentina, liga Trás-os-Montes ao Algarve passando pelas Beiras e Alentejo.

Tem o seu início no Km 0 em Chaves e termina no Km 737 na cidade Faro junto ao oceano Atlântico, depois de ter serpenteado por montes e vales de onze distritos do país, o que desde logo deixa adivinhar a riqueza da oferta neste percurso.

O Roteiro Roteiro dos Museus e Colecções Militares, que abrande as localidades Barreiro/Coina, Bragança, Elvas, Faro, Lisboa, Lisboa/ Odivelas, Luso, Ovar/Maceda, Ponta Delgada, Porto, Sintra, Vila Franca de Xira/ Alverca do Ribatejo, convida a desbravar a memória e identidade comuns, visitando museus e núcleos museológicos que perpetuam a presença e soberania de Portugal desde as suas origens.

Já sobre os dois roteiros dos Castelos da Bandeira Nacional (Raia e Algarve), recordando que foi no reinado de D. Dinis, em 1297, que a assinatura do Tratado de Alcanices, entre Portugal, Leão e Castela, veio finalmente firmar as fronteiras portuguesas, é desde logo esclarecido que são várias as teorias explicativas e romanceadas para a origem dos castelos dourados representados no escudo e na bandeira nacional.

Se, por um lado, existe uma teoria que os identifica como castelos referentes às sete praças raianas consagradas pelos portugueses no referido Tratado de Alcanices – Roteiro dos Castelos da Bandeira Nacional (Raia) – uma outra, remete para as vitórias, durante o reinado de D. Afonso III, no decurso da conquista do Algarve, integrando-as na Coroa de Portugal, do então denominado Reino de Portugal e dos Algarves.

Assim, sem qualquer fundamento científico e de forma a abranger dois pontos diferentes do território continental, são apresentados dois circuitos da bandeira de Portugal.

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