O Sindicato dos Professores da Madeira (SPM) fez um balanço ao arranque no ano lectivo, onde elogiou a colocação de professores contratados, embora alerte para a necessidade de aprimorar o sistema.
Entre os elogios esteve ainda a lista de colocações dos professores contratados antes do início do ano, e a saída de outra lista antes do início das atividades letivas.
“Ficou, desta forma, provado que, ao contrário do que tem acontecido nos últimos anos, é possível colocar a grande maioria dos docentes atempadamente”, refere o sindicato.
Contudo a estrutura sindical deixou alguns reparos ao arranque do ano escolar na Madeira.
Entre esses reparos esteve a “manutenção da indiferença política” ao envelhecimento e ao desgaste dos docentes, e a continuação do processo de reorganização (fusões e extinções) do parque escolar da Madeira “sem uma verdadeira auscultação” das comunidades escolares e sem um “acompanhamento adequado” do processo ao longo do tempo.
O sindicato alerta ainda para a perpetuação de “vícios antigos” nas colocações, onde se inclui a “falta de transparência”, e ainda o aumento da burocracia, quer para avaliados e avaliados, provocado pelo modelo de avaliação docente.
O SPM refere que se mantém diferenças entre os setores público e privado, com prejuízos para os professores do privado, em termos de remuneração, carga horária, reduções por antiguidade, entre outras.
“Defende que a carreira do privado deve ser equiparada à do público”, sublinha o SPM.
O SPM diz ainda que a implementação de tablets no 5º ano “está a provocar muitos problemas” por estar a ser feito de forma precipitada, acrescentado que as restrições na colocação de educadores coloca em causa o modelo regional, que já foi referência a nível nacional.
A estrutura sindical denuncia ainda o “sobretrabalho” nos cursos profissionais, a falta de técnicos operacionais, o funcionamento de aulas em espaços desadequados, e professores que complementam o seu horário em vários estabelecimentos.
O sindicato referiu ainda que os efeitos da reconversão da Escola do Porto Santo está a provocar “problemas térmicos e acústicos” em diversos espaços, e “manifestas deficiências” em termos de espaços adequados a algumas atividades específicas, e que as primeiras chuvas colocaram a nu “a fraca qualidade dos remendos”.
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