A Parpública apresentou um resultado líquido consolidado de 46,5 milhões de euros no primeiro semestre do ano, o que compara com o prejuízo de 8,4 milhões registado em igual período do ano passado.
A holding do Estado, liderada por Miguel Jorge de Campos Cruz, disse que os lucros reportados nos primeiros seis meses do ano foram obtidos “apesar da sazonalidade reconhecida nalgumas atividades e empresas, que tradicionalmente condiciona os resultados consolidados do primeiro semestre”.
Neste contexto, a Parpública justificou os prejuízos da TAP de 119,7 milhões de euros que se explicam pela “existência de uma forte sazonalidade do negócio de transporte aéreo”. Ainda assim, porque a holding do Estado não dispõe do controlo de gestão da companhia aérea, apesar de deter 50% do capital social, os resultados da TAP não foram “objeto de consolidação integral”.
Para o segundo semestre de 2019, a Parpública alertou que “a magnitude dos prejuízos” da TAP registados em 2018 e no primeiro semestre deste ano impõem a “necessidade de aprofundar os mecanismos de acompanhamento estratégico e de partilha de informação de gestão (…) com o objetivo de recolocar a companhia numa trajetória de resultados positivos, e de dar continuidade a uma evolução operacional positiva”.
Tal é “desejável” e “possível” devido “aos investimentos entretanto efetuados, os quais possibilitaram à TAP obter importantes ganhos de eficiência e expandir-se para novos mercados”, lê-se no comunicado.
No relatório e contas consolidadas do primeiro semestre de 2019, apresentado na Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), a holding do Estado explicou que a evolução do resultado líquido se deve aos resultados positivos das atividades operativas – à semelhança do primeiro semestre de 2018 – e também à redução do endividamento.
“Esta redução, e a inerente diminuição dos juros suportados, tem vindo a contribuir de forma muito significativa para a obtenção de resultados líquidos positivos e para a consolidação da situação financeira da holding e do Grupo”, lê na nota.
Nos últimos três anos a dívida da Parpública caiu de de 3,6 mil milhões, em 2017, para 1,5 mil milhões, em junho de 2019. Já os encargos com a dívida passaram de 88,1 milhões de euros para 33 milhões.
Também os dividendos recebidos em 2019 contribuíram para a evolução positiva do resultado líquido da Parpública, que subiram 11% em termos homólogos para 63,9 milhões de euros.
Destaque para o contributo do Grupo Águas de Portugal (AdP) para o resultado consolidado. “No período em análise as empresas do Grupo AdP alcançaram um resultado líquido de 47,7 milhões de euros, superior em cerca de 3,5% ao alcançado no primeiro semestre de 2018”.
“A melhoria dos resultados no universo AdP está associada a um aumento do volume de negócios e do nível de eficiência operacional, que permitiu o aumento do EBITDA, mas também à diminuição dos custos financeiros”, disse a Parpública.
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