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Mark Zuckerberg promete dar luta a candidata democrata à Casa Branca

Elizabeth Warren prometeu eliminar “um sistema corrupto que permite às empresas gigantes como a Facebook terem práticas anticoncorrenciais”. Em reação, Mark Zuckerberg promete avançar para tribunal se a senadora chegar à Casa Branca e tentar interferir na empresa que detém o Facebook, Whatsapp e Instagram.
2 Outubro 2019, 10h55

Numa reunião com os funcionários da Facebook, em julho, o co-fundador e presidente executivo da dona da rede social mais popular do mundo, Mark Zuckerberg prometeu enfrentar e derrotar uma das pretensas candidata do Partido Democrata à presidência dos EUA, Elizabeth Warren, caso esta chegue à Casa Branca e quiser acabar com as grandes empresas tecnológicas do país, de acordo com uma gravação de áudio do “The Verge”.

“Se Warren for eleita, apostaria que iremos ter uma batalha legal e apostaria que a iremos ganhar. Isso vai ser mau para nós? Sim, não quero colocar um grande processo ao nosso próprio governo. Mas se alguém fizer ameaças existenciais, então entras no ringue e lutas”, afirmou Zuckerberg.

Elizabeth Warren é atualmente uma senadora do Partido Democrata, eleita pelo Estado do Massachusetts, conhecida por defender o desmantelamento das grandes empresas tecnológicas dos EUA, por considerar “excessivo” o poder destas no mercado e sobre o público em geral. Por isso, Mark Zuckerberg usou da palavra prometendo resistência às ambições de Warren.

Esta quarta-feira, depois de terem sido divulgadas as gravações de áudio das declarações de Zuckerberg, Warren reafirmou a sua intenção e garantiu, através da rede social Twitter, que o “verdadeiramente mau” seria não eliminar “um sistema corrupto que permite às empresas gigantes como a Facebook terem práticas anticoncorrenciais, desrespeitar o direito à privacidade e hesitar repetidamente na sua responsabilidade de proteger” a democracia.

Para Zuckerberg, acabar com as grandes empresas tecnológicas, através da sua divisão em diversas unidades, não garantiria o fim de interferências nos processos eleitorais. Nas gravações divulgadas, o cofundador da Facebook defendeu o contrário e opinou que “as empresas não podem coordenar-se e trabalhar em conjunto”.

Desde o caso que envolveu a Facebook com a Cambridge Analytica, uma consultora que utilizou uma aplicação para recolher informação pessoal de milhões de internautas sem o seu consentimento e com fins políticos, que a empresa de Mark Zuckerberg tem-se visto envolvida  em vários escândalos.

A Cambridge Analytica serviu-se de dados da Facebook para elaborar perfis psicológicos de eleitores, que alegadamente terão sido usados pela campanha eleitoral de Donald Trump nas eleições presidenciais norte-americanas de 2016.

A Facebook está a ser investigada pela Comissão Federal do Comércio, que a multou em cinco mil milhões de dólares (4,6 mil milhões de euros), por más práticas em relação à privacidade dos seus utilizadores.

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