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Espanhola Trablisa e sueca Loomis disputam Esegur

A venda da Esegur, detida pela CGD e pelo Novo Banco no rescaldo da queda do GES, está na fase final da venda. A notícia é avançada pelo jornal do país vizinho, El Espanhol.
4 Outubro 2019, 18h39

A empresa de segurança que era do Grupo Espírito Santo, a Esegur, e que está nas mãos da Caixa Geral de Depósitos com 50% e do Novo Banco com 44%, está na fase final da venda com duas ofertas exclusivas em cima da mesa, uma apresentada pelo líder mundial sueco, Loomis, e a segunda pela empresa sediada em Maiorca, a Trablisa. A notícia está a ser avançada pelo jornal El Espanhol.

Segundo a mesma notícia, a Trablisa, uma empresa familiar com sede em Maiorca, chegou à última fase da venda da principal operadora do setor da segurança privada em Portugal, a Esegur. A operação será concluída nas próximas semanas e a empresa espanhola fará uma oferta por todos os ativos da lusa contra a gigante sueca Loomis.

O jornal avança, citando fontes próximas à operação, que os números envolvidos são altos, e que a oferta dos suecos teria ultrapassado os 30 milhões de euros. Segundo o jornal, esse número ultrapassa em 25% a 30% a proposta apresentada pelo grupo espanhol. Além disso, possui a vantagem competitiva que contar com o apoio financeiro da empresa matriz internacional. Deve-se notar que a Loomis fatura mais de 1.500 milhões de euros, “uma magnitude que está a anos-luz da Trablisa”, refere o periódico do país vizinho.

O grupo espanhol triplicou a sua faturação nos últimos três anos, mas fechou 2018 com receita de 125 milhões. Pelo que a disputa é como um David contra Golias, refere o jornal espanhol.

O mesmo artigo explica que a empresa portuguesa é líder de mercado, mas que a sua receita é de apenas 40 milhões de euros. Esse número representa um quarto do que alcançou nos tempos áureos da sua atividade, diz o jornal, referindo ao tempo do GES, e segundo a mesma notícia é isso que explica a necessidade de alienação.

Em jogo está o controle do primeiro operador de segurança privada em Portugal.

O Jornal Económico tinha noticiado a venda da Esegur, quando ainda o processo estava numa fase inicial.  O processo de venda está a ser conduzido pelos bancos de investimento Caixa BI e Haitong Bank e em dezembro do ano passado, receberam cinco propostas firmes para a compra da empresa de segurança.

O artigo do jornal espanhol relata ainda a recente falência do Ombuds, o quarto grupo de segurança privada da Espanha. A empresa da família Cortina e do fundo JZI também abordaram o mercado português durante sua expansão, mas essa tentativa de negócio não terminou com sucesso, refere o periódico.

 

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