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Investigação colaborativa premeia solução para água contaminada

Mais de 800 milhões de pessoas no mundo não têm abastecimento em condições seguras.
12 Outubro 2019, 14h00

A água continua a ser um dos maiores problemas do planeta. Mais de 800 milhões de pessoas não têm abastecimento em condições seguras. Da ciência chega-nos agora alguma luz pela mão de duas jovens investigadoras da Universidade NOVA de Lisboa.

Ana Pimentel, da Faculdade de Ciências e Tecnologia, juntou-se a Vanessa Jorge Pereira, do Instituto de Tecnologia Química e Biológica António Xavier, em busca de uma solução para combater a presença de produtos farmacêuticos e pesticidas nas águas residuais e subterrâneas e na água potável. Estes são os poluentes de tratamento prioritário, devido à sua alta toxicidade.

O empenho das duas jovens valeu-lhes o Prémio de Investigação Colaborativa Santander/Nova de Lisboa 2018/2019. “A colaboração vai permitir testar materiais que já são usados normalmente, agora em novos poluentes das águas”, diz Vanessa Pereira. Desta forma, ao longo do estudo, as investigadoras vão trabalhar com nanoestruturas de óxido de titânio e de tungsténio, que serão colocadas em superfícies de vidro ou poliméricas e posteriormente expostas à presença dos compostos a degradar, sob radiação solar.

“A intenção é perceber a eficácia destes tratamentos na remoção de poluentes químicos como, por exemplo, os antibióticos, porque mesmo quando presentes na água em concentrações muito baixas podem contribuir para o aparecimento de resistências”, explica Ana Pimentel.

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