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Espanha, Finlândia, França e Noruega podem retirar armas à Turquia

A Noruega não vai aceitar novos pedidos de licenças de exportação de materiais de defesa e de materiais de múltiplos usos para a Turquia. Finlândia e Espanha também podem aderir a sanções militares.
STR/Lusa
10 Outubro 2019, 20h55

A Noruega, país aliado da Turquia na NATO, anunciou a suspensão total de novas exportações de armas para Ancara após o início da ofensiva militar turca no nordeste da Síria. O país não vai aceitar novos pedidos de licenças de exportação de materiais de defesa e de materiais de múltiplos usos para a Turquia”, disse a chefe da diplomacia norueguesa, Ine Eriksen Soreide.

“Atendendo à complexidade da situação e que se altera rapidamente, o Ministério dos Negócios Estrangeiros, por medida de precaução, não vai aceitar novos pedidos de licenças de exportação de materiais de defesa e de materiais de múltiplos usos (…) para a Turquia até nova ordem”, declarou a chefe da diplomacia norueguesa, Ine Eriksen Soreide.

“De momento estamos a rever todas as licenças em vigor”, acrescentou numa mensagem enviada à agência noticiosa AFP pelo seu gabinete.

A Finlândia, que ao contrário da Noruega não é membro da NATO, também anunciou na quarta-feira a suspensão de todas as exportações de armamento em direção à Turquia ou outro país envolvido na guerra.

Já a Espanha, também membro da NATO, anunciou que retirará a bateria de mísseis antiaéreos Patriot, com um destacamento de 150 soldados, que foi colocada na base aérea de Incirlik, na fronteira da Turquia com a Síria em janeiro de 2015, se a situação na área piorar como resultado de a ofensiva turca contra as milícias curdos sírios.

Fontes diplomáticas adiantaram que o atual compromisso chega ao fim em dezembro deste ano, e embora houvesse anteriormente uma disposição de renová-lo por mais seis meses, é possível que o acordo venha a ser cancelado.

Entretanto, a França quer uma reunião urgente da coligação internacional que lutou contra o Daesh – de que fazem parte a própria França, a Turquia e os grupos curdos que estão a ser alvo de ataques por parte do regime de Ancara – para debater sem demora os acontecimentos na fronteira entre a Turquia e a Síria.

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