O ex-ministro da Economia António Pires de Lima não se vai candidatar à liderança do CDS-PP e sugere que seja Adolfo Mesquita Nunes a avançar. Em entrevista à “Antena 1” e ao “Jornal de Negócios”, o antigo governante disse que não sente obrigação de o fazer e considera que há outras figuras centristas que podem ser uma mais-valia.
“Tenho esperança de que, mais cedo ou mais tarde (e se pudesse ser mais cedo do que tarde tanto melhor) que o talento do Adolfo Mesquita Nunes, que é imenso, possa ser posto à prova numa função de liderança política. Seria um grande desperdício para o CDS se isso não viesse a acontecer. Não o quero pressionar”, referiu.
António Pires de Lima quer ver à frente do partido um moderado, com pensamento liberal, e rejeita qualquer tentativa de fazer do CDS um partido confessional. “É preciso termos o melhor grupo parlamentar, bandeiras claras, causas claras e alguém, um líder, creio que da nova geração”, explicou, em declarações à rádio e ao diário de economia.
O gestor apela ainda aos cinco deputados eleitos do CDS a serem os “cinco bravos do parlamento” e responsabiliza Assunção Cristas pelo mau resultado eleitoral, aplaudindo os seus dois primeiros anos na liderança do partido. “A primeira responsável pela estratégia que o CDS seguiu, e que resultou neste resultado, é, infelizmente e obviamente, a líder do partido, que o assumiu com grande dignidade”, admitiu.
Na mesma entrevista, António Pires de Lima defende que é importante reduzir os impostos, diminuir a complexidade fiscal, aumentar a competitividade e o salário mínimo, que deveria chegar aos 700 euros no final da legislatura.
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