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“Pioneirismo e ambição no projeto de Porto Santo”

Para a Renault a atribuição do Troféu Desenvolvimento Sustentável significa, sobretudo, o reconhecimento da validade do projeto, afirma o diretor da fabricante de automóveis em Portugal.
20 Outubro 2019, 14h00

Ricardo Oliveira realça o “absoluto pioneirismo do mesmo como pela sua ambição de transformar a prazo ilha de Porto Santo no primeiro ecossistema totalmente sustentável em todo o mundo. A atribuição deste Troféu reconhece também que o projeto Porto Santo Smart Fossil Free Island já está em marcha, já há ações no “terreno” e que é mais do que um bom princípio ou uma boa ideia”.

Para a Renault estar associada a este projeto pioneiro “é um motivo de orgulho e que permite dar corpo à ambição da marca de contribuir para a criação de ecossistemas mais sustentáveis para além da simples adoção de novas formas de mobilidade tais como a mobilidade elétrica”.

E de entre os fatores nucleares para o projeto está o objetivo de alterar a mobilidade na região. “A contribuição da Renault para o projeto tem quatro áreas de intervenção: a introdução de automóveis elétricos, a criação de sistemas de armazenamento de energia através de baterias em segunda vida, a introdução da tecnologia de carregamento inteligente (em que o carregamento de automóveis elétricos se fará em função das disponibilidades de energia na rede) e a introdução da tecnologia de carregamento bidirecional onde o Porto Santo é o laboratório “vivo” em termos mundiais.

A introdução destas novas tecnologias é fundamental para que seja atingido o objetivo de total descarbonização da ilha. Mas em primeiro grau é fundamental que seja alterado o mix de produção de energia na ilha. O incremento de produção de energia através de fontes renováveis é um dos objetivos do promotor do projeto: o Governo Regional da Madeira”. E sobre descarbonização Ricardo Oliveira diz que “a generalidade dos construtores automóveis tem planos para incrementar nos próximos anos – de forma praticamente exponencial – a oferta de veículos elétricos e eletrificados e é relativamente seguro dizer que o aumento da oferta terá efeitos positivos na procura. Para que o processo se realize mais ou menos rapidamente há decisões que não estão, de todo, nas mãos dos fabricantes”.

E quando falamos de futuro na energia necessária para a mobilidade, diz que a solução, ou soluções, “serão sempre aquelas que forem mais pertinentes para os consumidores. E certamente que iremos assistir, no que à mobilidade diz respeito, a avanços e ruturas tecnológicas tal como existem…em quase todo os setores”.

Recorde-se que o grupo Aliança tem nos seus planos estratégicos de 2011, Drive the Change 2016, e de 2017, Drive the Future 2022, no qual o grupo Renault estabeleceu objetivos para a redução da sua pegada ambiental global “o que inclui, evidentemente, todo o processo industrial. Entre 2011 e 2022 a pegada ambiental do grupo Renault dever-se-á reduzir em mais de 20%”. Ricardo Oliveira concorda que a transformação do conceito de mobilidade com o uso de transportes ecologicamente eficientes e o sharing são outras formas de sustentabilidade e claro que o grupo Renault pretende, desde o primeiro ano, cumprir com os objetivos CAFE.

Frisa que para uma empresa, como a Renault, cuja dimensão é mundial, “a sustentabilidade é uma “obrigação”! É a obrigação desde logo, por razões ambientais e porque uma empresa cuja atividade não seja sustentável não terá lugar numa economia de futuro. Toda a estratégia de negócio passa pelo incremento da sustentabilidade seja ele na redução dos impactos dos produtos comercializados seja nos processos de conceção e fabricação desses mesmos produtos. A Aliança Renault-Nissan foi a primeira a fazer a escolha estratégica de aposta na mobilidade elétrica já há mais de 10 anos. Uma aposta feita num momento em que nenhum dos concorrentes (e hoje todos mudaram de opinião) acreditava no sucesso da mobilidade elétrica.”

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