O presidente norte-americano, Joe Biden, admitiu que os dados do desemprego divulgados esta sexta-feira, 5 de fevereiro, mostram a necessidade de uma ação agressiva por parte do Congresso, referindo-se a um projeto lei de alívio para os efeitos do novo coronavírus, revela a “Reuters”.
Biden sustentou que os legisladores presentes no Congresso precisam de tomar uma decisão sobre um alívio económico, sendo que face aos dados atuais os Estados Unidos não vão conseguir voltar ao ritmo de criação de emprego durante os próximos dez anos. “Um forte alívio é urgente e rapidamente necessário para controlar o vírus, obter vacinas em massa e, finalmente, lançar uma recuperação robusta, justa e racialmente inclusiva”, destacou Joe Biden num comunicado com a reação aos dados do mercado de trabalho norte-americano.
No início do mês de janeiro, o presidente apresentou um plano de alívio económico no valor de 1,9 biliões de dólares, que servem para acelerar a recuperação económica e a vacinação da população dos EUA.
O presidente dos EUA referiu que os americanos precisam de mais ajudas económicas para fazer face à pandemia de Covid-19 que ceifou milhões de postos de trabalhos desde março do ano passado, revela a “Reuters”. Para apoiar os cidadãos, o próximo presidente afirmou que irá apresentar um plano com um custo de vários biliões de dólares na próxima semana, estando a apresentação marcada para quinta-feira.
“A economia criou 49 mil empregos em janeiro, depois de perder 227 mil em dezembro. A tendência de três meses é fraca. Após revisões em baixa nos dados de novembro e dezembro, totalizando cerca de 160 mil, a economia somou uma média de apenas 29 mil por mês. Este ritmo está muito abaixo da taxa necessária para nos tirar do défice pandémico de empregos – há cerca de dez milhões de empregos a menos em comparação a fevereiro [de 2020]”, continuou o presidente.
“Embora os ganhos de empregos tenham sido fracos, a taxa de desemprego caiu para 6,3%, de 6,7% em dezembro. Isso permanece 2,8 pontos percentuais acima da taxa de fevereiro de 2020, antes da pandemia. No entanto, ao longo do mesmo período, mais de quatro milhões de trabalhadores abandonaram a força de trabalho, desproporcionalmente mulheres”, destacou.
O presidente dos EUA assumiu que os dados divulgados esta sexta-feira são “uma lembrança de que a nossa economia continua num buraco pior do que as profundezas da Grande Recessão e precisa de alívio adicional para garantir que a pandemia possa ser controlada, que famílias e empresas possam permanecer solventes e que os trabalhadores possam alimentar as suas famílias”, acrescentando que “os dados deste mês dão-nos uma noção da escala de alívio necessária e dos custos económicos da inação”.
De acordo com os dados revelado hoje, referentes ao mês de janeiro, a economia norte-americana registou um aumento de 49 mil postos de trabalho, um regresso à criação de empregos depois de em dezembro se ter verificado uma perda de 227 mil postos de trabalho. Este indicador fica perto das expectativas do mercado, que apontavam para um aumento de 50 mil empregos.
A taxa de desemprego da maior economia do mundo também caiu, passando de 6,7% para 6,3%, contrariando as previsões de Wall Street que apontavam para uma variação nula em janeiro. Assim, esta variação resulta, em grande parte, da queda na taxa de participação, com 406 mil trabalhadores a deixarem de fazer parte da força laboral americana.
O sector mais afetado permanece a ser o da hospitalidade, dadas as restrições ao turismo e lazer que a pandemia criou. Esta área perdeu mais 61 mil empregos no passado mês de janeiro, que acrescem aos 536 mil em dezembro. O retalho também sofreu algumas quedas, com menos 38 mil trabalhadores na área em janeiro, depois do pico de procura motivado pela época festiva.
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