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Trump vai ser reeleito se economia dos EUA continuar a crescer, prevêem estudos

Resultado nas urnas no final de 2020 vai ser impulsionado por crescimento económico estável, desemprego baixo e inflação limitada. Mas os modelos de previsão são falíveis.
5 Novembro 2019, 10h16

Donald Trump deve conseguir a reeleição no próximo ano se os Estados Unidos mantiverem o ritmo de crescimento, mostram alguns modelos económicos que no passado previram quem ganhou o lugar na Casa Branca, citados pela Bloomberg.

Segundo a agência noticiosa, as previsões de Ray Fair, professor da Universidade de Yale, da Oxford Economics e da Moody’s Analytics indicam que o resultado eleitoral de Trump seria impulsionado por um crescimento económico constante, pelo desemprego historicamente baixo e pela inflação limitada.

“Trump vence se a economia e a sua taxa de aprovação forem aproximadamente os mesmos daqui a um ano, e se houver uma participação eleitoral típica. Mas se a economia tropeçar, se popularidade enfraquecer ou a participação eleitoral dos democratas for grande, os democratas vencem”, disse à Bloomberg Mark Zandi, economista-chefe da Moody’s Analytics.

A economia norte-americana cresceu 1,9% no terceiro trimestre e o desemprego está próximo do nível mais baixo em meio século, segundo dados do Governo revelados na semana passada.

Contudo, a agência sublinha também que os modelos eleitorais são “falíveis” e já erraram em disputas presidenciais anteriores, uma vez que não têm em conta fatores não económicos como escândalos – que podem surgir quando Trump tentar outro mandato.

Os modelos também assumem que o desempenho da economia é atribuído ao titular da Casa Branca, o que pode não ser o caso de Trump, se os eleitores perspetivarem que a guerra comercial iniciada pelo Presidente norte-americano está a impedir um crescimento mais acelerado dos salários da classe média.

“Sublinhamos que fatores não económicos provavelmente desempenharão um papel fora do normal nesta eleição”, escreveram Gregory Daco e James Watson, economistas da Oxford Economics, num relatório publicado em outubro, onde indicam que fatores como o impeachment, a raça, o género e a ‘simpatia’ dos candidatos deverão ter um impacto significativo no sentido de voto dos americanos.

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