Seis meses depois da última consulta, as sondagens indicam que o voto está cada vez mais fragmentado, com o PSOE a perder força, a extrema-direita do Vox a subir e um equilíbrio entre os blocos de partidos de esquerda e de direita.
O fiel da balança vai continuar a estar numa série de pequenos partidos de âmbito regional, entre eles os nacionalistas bascos e os independentistas catalães responsáveis pela queda do anterior executivo socialista e de quem ninguém quer ficar a depender.
Cerca de 37 milhões espanhóis podem exercer o seu direito de voto das 09h00 (08h00 em Lisboa) até às 20h00 (19h00) para escolher 350 deputados e 208 senadores das Cortes Gerais. Assim que as urnas encerrarem, as televisões irão revelar sondagens feitas à boca das urnas durante o dia e a partir das 21:00 (20:00) começarão a sair os resultados das quase 60.000 mesas e mais de 210.000 urnas instaladas em 50 províncias e nas cidades de Ceuta e Melila, no norte de África.
Uma parte importante da atenção mediática vai estar na Catalunha, uma comunidade autónoma com uma forte presença de movimentos independentistas que aumentaram os protestos, por vezes de forma violenta, desde que há quase um mês foi conhecida a sentença de uma série de líderes envolvidos na tentativa de independência de 2017.
Nas últimas eleições, em 28 de abril último, o PSOE teve 28,7% dos votos, seguido pelo PP 16,7%, o Cidadãos 15,9%, o Unidas Podemos 14,3% e o Vox 10,3%.
Segundo várias sondagens publicadas, o PSOE voltará a ganhar as eleições mas com uma queda ligeira (para cerca de 27%), seguido pelo PP (direita) que sobe para cerca de 20% e o Vox, também a crescer, para cerca de 15%.
A forte subida dos dois partidos de direita é feita à custa do Cidadãos (direita liberal), que baixaria para 8-9%, enquanto à esquerda o Unidas Podemos (extrema-esquerda) deve descer ligeiramente.
A todos estes partidos junta-se agora o Mais País, uma formação criada por um ex-fundador do Podemos, que apesar das sondagens indicarem uma votação reduzida, 2-3%, irá roubar alguns votos aos restantes dois principais partidos da esquerda. As eleições foram convocadas em setembro pelo rei de Espanha, depois de constatar que o primeiro-ministro socialista em funções, Pedro Sánchez, não conseguiu reunir os apoios suficientes para voltar a ser investido no lugar.
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