O lançamento comercial da quinta geração móvel (5G) em Portugal, suportado por políticas públicas “ambiciosas” e um quadro regulatório “adequado”, poderá “desbloquear” 4 mil milhões de dólares (cerca de 3,6 mil milhões de euros) na economia do país até 2030, segundo cálculos da Ericsson Portugal, revelados esta quarta-feira num encontro com jornalistas, em Lisboa.
O número foi revelado pelo head of digital services da Ericsson Portugal, Nuno Roso, e engloba todas as áreas de atividade da economia nacional, sendo que os uses cases espoletados pelo 5G vão permitir uma “alavancagem das industrias que antes não era possível”.
Segundo Nuno Roso, o 5G não é “comparável” com outras vagas tecnológicas, sendo que a nova rede móvel irá mais além de aumentar o potencial dos telemóveis. “[Trata-se] de digitalizar indústrias e torná-las mais eficientes”.
O responsável lembrou que em países como “Alemanha e China há diretivas” que obrigam a digitalizar as suas economias. O mesmo não se verifica em Portugal.
Sobre este ponto, o presidente executivo da Ericsson Portugal, Luís Silva, disse: “O 5G tem de ser um projeto a nível nacional e de acordo com uma estratégia de digitalização do país”.
Questionado pela discórdia que se vive no sector das comunicações por causa do atraso da implementação do 5G, Luís Silva lembrou que as frequências ainda não foram atribuídas. “A questão do atraso… Não havendo frequências não há serviço”, frisou.
“Por esse princípio, Portugal não está na primeira onda da vaga tecnológica. Sobre o espectro, tem muito a ver como decorrerá a atribuição e quanto às faixas disponíveis, se forem distribuídas de forma adequada, há espectro […] A nossa recomendação tecnológica, para termos bons casos de uso e um bom serviço, é que deverão estar disponíveis entre 80 a 100 MHz para cada operador”, acrescentou o CEO da Ericsson Portugal.
https://jornaleconomico.pt/noticias/ericsson-totalmente-preparada-para-o-lancamento-do-5g-em-portugal-518772
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