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Wall Street fecha em baixa após Donald Trump dizer que acordo comercial pode “esperar”

O Dow Jones caiu 1,01% sobretudo penalizado pelas quedas da Apple, Goldman Sachs, Home Depot e Boeing.
Reuters
3 Dezembro 2019, 21h27

A Bolsa de Nova Iorque encerrou a sessão desta terça-feira, dia 3 de dezembro, em terreno negativo, na sequência das declarações de Donald Trump de que prefere aguardar pelas próximas eleições presidenciais para fechar um acordo comercial com a China.

Os três principais índices norte-americanos encerraram no ‘vermelho’. O industrial Dow Jones caiu 1,01% para os 27.502,81 pontos, o financeiro S&P 500 recuou 0,66%, para os 3.093,42 pontos e o tecnológico Nasdaq deslizou 0,55%, para os 8.520,64 pontos. Já o Russel 2000 ficou marcado por uma desvalorização de 0,41%, para 1.602,50 pontos.

O índice Dow Jones ficou sobretudo penalizado pelas quedas da Apple (-1,78%, para 259,45 dólares), Goldman Sachs (-2,48%, para 212,24 dólares), Home Depot (-1,66%, para 214 dólares), Boeing (-0,87%, para 352,08 dólares), Citigroup (-1,60%, para 73,33 dólares) e Bank of America (-1,76%, para 32,84 dólares). Em relação ao S&P 500, houve nove setores de atividade em baixa, como a energia, o financeiro e o industrial.

Donald Trump afirmou, em declarações à “CNBC”, que o país não tem “uma data limite” para assinar o referido acordo. “E se me perguntarem, prefiro esperar depois das eleições para assinar um acordo”, sublinhou. “Gosto da ideia de esperar até assinar um acordo com a China (..). Eles querem assinar agora, mas teríamos de ver se é ou não adequado”, explicou o presidente norte-americano ao mesmo canal.

Além disso, Donald Trump ameaçou hoje aplicar tarifas no valor de 2,4 mil milhões de dólares aos produtos franceses em retaliação ao imposto sobre gigantes mundiais da tecnologia, incluindo a Google, a Amazon e o Facebook.

Tal como lembram ainda os analistas do CaixaBank/BPI Research, numa nota de mercado, ontem, o presidente Donald Trump “anunciou que irá reimplementar as tarifas sobre as importações de aço provenientes do Brasil e da Argentina”, acusando “estes dois países de artificialmente desvalorizarem as suas moedas”, o que acaba por penalizar “a competitividade dos agricultores americanos face aos seus pares argentinos e brasileiros”.

Em relação aos preços do petróleo, a cotação do barril de Brent está a subir 0,15%, para 61,01 dólares, enquanto a cotação do crude WTI avança 0,61%, para 56,30 dólares por barril. Quanto ao mercado cambial, o euro “aprecia” 0,02% face ao dólar (1,1080) e a libra “valoriza” 0,46% perante a divisa dos Estados Unidos (1,2996).

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