O ministro das Finanças, João Leão, afirmou esta terça-feira que o Programa de Estabilidade, a apresentar em abril, irá incluir uma revisão do cenário macroeconómico para este ano, incluindo um défice maior do que o previsto no Orçamento do Estado para 2021 (OE2021), devido ao novo confinamento e das medidas adoptadas para mitigar os impactos adversos.
“No Programa de Estabilidade teremos de rever significativamente o cenário macroeconómico para 2021 e de rever em alta o défice para 2021”, disse esta terça-feira, durante uma audição na Comissão de Orçamento e Finanças, no Parlamento, vincando que “em 2021, a terceira vaga da pandemia está a ter impacto muito mais forte do que o antecipado”.
O Ministério das Finanças já tinha admitido nas últimas semanas que os resultados melhores do que o previsto no ano passado não se iriam estender ao primeiro trimestre deste ano, profundamente afetado pela nova vaga da pandemia. Apesar disso, o Governo está confinante que “o sucesso na aprovação das vacinas” irá permitir “uma recuperação económica ainda mais robusta no segundo semestre deste ano do que o antecipado”.
“A evolução da pandemia conduziu a medidas de confinamento que vão ter um impacto significativo, em particular, nos setores mais afetados pelas necessidades de distanciamento social”, disse o ministro, que alertou para o impacto da retirada precoce dos apoios à economia. “Neste contexto existente, temos que evitar o perigo de se retirar os apoios à economia demasiado cedo. Temos que ter margem para manter os apoios de emergência às empresas e às famílias, enquanto a pandemia durar”, disse, acrescentando que “uma vez ultrapassada a pandemia, para prosseguirmos políticas que ajudem a uma recuperação forte e rápida da economia para níveis anteriores à pandemia”.
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