A Assembleia da República chumbou esta sexta-feira o voto de condenação apresentado pelo Chega sobre a “tentativa de silenciamento” do presidente do Parlamento, Eduardo Ferro Rodrigues. O partido liderado por André Ventura considera que Eduardo Ferro Rodrigues está a cortar “a ampla capacidade de expressão” dos deputados, mas viu o voto ser rejeitado.
No voto apresentado na Assembleia da República, o Chega defendia que o reparo foi feito pelo Eduardo Ferro Rodrigues ao deputado único do partido, André Ventura, pelo facto de usar “demasiadas vezes” a palavra “vergonha” foi “de todo em todo injustificado”.
“Todos os deputados, desde que não inflijam o regimento da Assembleia da República, gozam de total liberdade para expressar as suas opiniões seja qual for o vocabulário utilizado, desde que, não seja objetivamente ofensivo da honra ou bom nome de qualquer um dos deputados ou da própria Assembleia da República”, sustentava o Chega, no voto de condenação apresentado.
O partido lembrava ainda que, “na sequência deste incidente parlamentar”, Eduardo Ferro Rodrigues declarou ao jornal ‘Expresso’: “Tenho que parar isto a tempo”. “Se o reparo de Sua Excelência o Presidente da Assembleia da República durante a sessão acima referida já havia sido claramente grave, que dizer destas declarações ao mencionado órgão de comunicação social”, indicava.
Tendo isso em conta, o Chega manifestava “a sua condenação por estas declarações e pelo caminho que, aparentemente, está a ser seguido na sua relação com os restantes deputados por Sua Excelência, o Senhor Presidente da Assembleia da República, cortando-lhes, a ampla capacidade de expressão que a constituição e o regimento da Assembleia da República lhes reconhecem”.
A iniciativa acabou por ser chumbada com os votos contra de todos os partidos, à exceção do CDS-PP e Iniciativa Liberal, que se abstiveram desta votação.
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