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Ministra da Saúde defende acesso gratuito a testes e que sejam testados todos os contactos

“Já exortámos a DGS a rever as suas orientações técnicas sobre esta matéria”, adiantou Marta Temido perante os deputados presentes na sessão.
ANTÓNIO COTRIM/LUSA
10 Fevereiro 2021, 13h53

A ministra da Saúde admitiu que é necessário avançar para testes gratuitos, sem existir prescrição clínica e disponibilizados em locais simples. Marta Temido avançou alguns detalhes sobre os pedidos que realizou à Direção-Geral da Saúde na Comissão da Saúde que decorre desde as 9 horas no Parlamento.

Para identificar todos os casos de Covid-19 existentes e de forma a prevenir as infeções, o Governo pede uma abordagem de testagem mais “maciça”, e que para este efeito deverão ser utilizados métodos de rastreio como os “testes PCR, rápidos de antigénio e até rápidos de saliva”.

“Já exortámos a DGS a rever as suas orientações técnicas sobre esta matéria”, adiantou Marta Temido perante os deputados presentes na sessão.

Entre as orientações pedidas à entidade liderada por Graça Freitas, Marta Temido destacou que deve ser considerado todo e qualquer contacto, seja ele de risco ou não, ponderando ainda o teste a aplicar em cada caso, como pode ser conseguida a extensão dos testes grátis a setores de atividade que se encontram em funcionamento, como é o exemplo da “construção civil”.

O objetivo com esta testagem maciça, segundo a DGS, é intensificar as ações de rastreio e contactos com casos positivos, de forma a identificar com antecedência as cadeias de contágio ativos.

A governante sustentou que já foram realizados 7,6 milhões de testes à Covid-19, nos quais estão incluídos testes PCR e antigénio, também conhecidos como testes rápidos. Marta Temido adiantou que a capacidade de rastreio quase triplicou entre dezembro de 2020 e fevereiro de 2021. “Fizemos mais testes quando tivemos mais incidência da doença”, acrescentou a ministra, dando conta dos casos identificados durante o mês de janeiro.

“Precisamos de garantir que mantemos um número elevado de testes, independentemente da incidência da doença”, apontou Marta Temido, acompanhada por Diogo Serras Lopes e António Lacerda Sales.

No discurso de introdução à sessão, Marta Temido destacou que o número de pessoas a realizar o rastreio foi reforçado. “A 13 de dezembro, o número de profissionais equivalentes a tempo integral a realizar inquéritos epidemiológicos era de 427, e em 4 de fevereiro ultrapassavam os 1100”, disse.

Por enquanto, a taxa de positivos nos testes “ainda é elevada”, sustentando que foram identificados 13,7% testes positivos ao dia de ontem. Ainda assim, a ministra preferiu relembrar que Portugal já verificou taxas mais elevadas e mais baixas, considerando que “ainda há muito caminho para fazer aqui”, apesar dos números recentes indicarem uma diminuição.

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