[weglot_switcher]

Portugal vai receber menos 55% das vacinas previstas no primeiro trimestre

“O nosso problema está a montante, está fora de Portugal, do nosso controlo: a capacidade de produção por parte da indústria” farmacêutica, disse hoje o primeiro-ministro. Com menos doses, só poderão ser vacinados menos de um milhão de portugueses até ao final de março.
António Cotrim / Lusa
11 Fevereiro 2021, 18h06

Portugal vai receber menos 55% das vacinas previstas no primeiro trimestre, disse hoje o primeiro-ministro. Das 4,4 milhões de vacinas previstas, o país vai receber apenas 1,98 milhões.

“Há uma redução muito significativa do número de vacinas de que vamos dispor  neste primeiro trimestre, relativamente ao que tinha sido contratado pela União Europeia”, afirmou hoje António Costa.

“Se as empresas farmacêuticas tivessem cumprido o contratado pela UE poderíamos dispor ao longo do primeiro trimestre de 4,4 milhões de vacinas, o que permitiria vacinar mais de dois milhões de portugueses. Acontece porem que as empresas farmacêuticas reduziram significativamente o seu fornecimento à UE e consequentemente aquilo que a UE pode repartir por todos os países: em vez de 4,4 milhões de doses, vamos receber 1,980 milhões de doses”, explicou

“A nossa capacidade de vacinação no primeiro trimestre vai ser cerca de metade do que estava previsto entre as farmacêuticas e a Comissão Europeia”, segundo o primeiro-ministro.

Na sua intervenção, destacou que o problema de Portugal “não é nem de distribuição, nem de recursos humanos suficientes para a administração da vacina. O nosso problema está a montante, está fora de Portugal, do nosso controlo: a capacidade de produção por parte da indústria”.

O governante lançou um apelo aos autarcas de todo o país para criarem “novos espaços de vacinação” para os “trimestres seguintes”, altura em que o país poderá já dispor de quantidade suficiente de vacinas que poderá exigir a “mobilização de outros espaços”.

Copyright © Jornal Económico. Todos os direitos reservados.