Em Portugal, este grupo de distribuição moderna integra as insígnias Intermarché, Bricomarché e Roady. Os dois mil milhões de euros são na sua maioria provenientes do negócio Intermarché (92%), as lojas de bricolage representam 6% do volume de vendas e a Roady 2%.
A estratégia inclui a abertura de mais uma dezena de novas lojas como objetivo estratégico para o corrente ano, no âmbito do plano de expansão até 2020 que prevê a abertura de uma centena de lojas no país em cinco anos. Esta é “uma oportunidade para os empreendedores e investidores portugueses que pretendem criar o seu próprio negócio”, explica o grupo em comunicado. Presente em Portugal há 25 anos, a rede de Os Mosqueteiros tem 306 lojas.
O modelo que serve de base ao Grupo Os Mosqueteiros está baseado na iniciativa e dinâmica dos empresários aderentes que, beneficiando da estrutura central do Grupo, têm liberdade para adaptar a gestão das suas lojas às respetivas realidades locais. No final de 2015, o Grupo contava com 3.041 empresários, 220 dos quais em Portugal.
Globalmente, o Grupo Os Mosqueteiros têm um total de 3595 pontos de venda Intermarché, Netto, Bricomarché, Bricocash, Roady e Poivre Rouge. O Grupo está presente em França, na Bélgica, na Polónia e em Portugal.
Apesar de continuarmos a atuar num contexto de crescimento económico débil e num setor altamente concorrencial, as três insígnias conseguiram defender os seus negócios. Mantemos, por isso, a ambição de alargar o nosso parque de lojas, continuamente até 2020, contribuindo para consolidar a nossa dimensão e representatividade em Portugal, mas também para reforçar a iniciativa empresarial, a economia e o emprego local”, sublinha Jorge Rafael, responsável de comunicação do Grupo Os Mosqueteiros, explicando que o investimento inicial numa nova loja varia, consoante a insígnia, entre os 75 mil e os 200 mil euros.
Com um volume de negócios global de 32 mil milhões, o Intermarché manteve 1,9 mil milhões em Portugal, valor que inclui o negócio do combustível. O aumento do volume de combustíveis vendidos acabou por ser anulado pelo decréscimo do preço, significativamente mais baixo do que em 2014, enquanto as vendas dos supermercados não tiveram alterações relevantes face ao ano anterior, mantendo-se as condições muito concorrenciais que têm caracterizado os últimos anos, com forte atividade promocional e grande pressão nos preços. Apesar do contexto, a quota na distribuição moderna continuou nos 9,9% (dados Nielsen).
No final de 2015, a cadeia contava com um total de 241 pontos de venda no nosso país, tendo como objetivo continuar a trabalhar para elevar este número, identificando novos aderentes interessados em contribuir para o crescimento do parque de lojas Intermarché ao mesmo tempo que dinamizam a economia em novos concelhos e contribuem para a criação de emprego. Neste sentido, até 2020, a insígnia irá investir 200 milhões de euros na abertura de 63 novos pontos de venda e 90 postos de combustíveis o objetivo deste investimento é chegar a uma quota de mercado de 13,5%.
“A estratégia de crescimento está baseada na abertura de lojas de raiz e apontamos para mais 10 lojas em 2016, mas mantemo-nos atentos a todas as oportunidades que possam contribuir para ampliar o parque de lojas”, explica Vasco Simões, administrador do Intermarché, clarificando que o investimento necessário para abrir uma nova loja é de 200 mil euros, “é bastante mais baixo do que se pode pensar quando se olha para um supermercado da insígnia”.
Nas novas lojas, tal como em todas as da insígnia, o Intermarché continua a apostar na parceria com os produtores portugueses, responsáveis pelos frescos com o selo ‘Programa Origens’. No total, 170 produtores apoiam o abastecimento das lojas, fornecendo mais de 230 produtos oriundos de mais de 11 mil hectares, uma área que deverá duplicar em 2016.
Com a aposta no selo ‘Programa Origens’, o Intermarché continua a privilegiar a produção nacional, nomeadamente na área dos frescos, a mais relevante de todas as categorias da insígnia. Um bom exemplo é o da carne de porco, sendo que 99% do volume da carne de porco que passa, diariamente, pelas Bases Logísticas do Intermarché é de origem nacional. Mesmo noutras áreas, os produtos portugueses têm preponderância, como fica bem expresso no caso do leite, em que 90% é comprado em Portugal
O Bricomarché chegou ao final de 2015 com 87 milhões de euros de volume de vendas em Portugal, mais três milhões do que ano anterior, destacando-se o reforço da representatividade das marcas próprias e a conclusão do plano de investimento na remodelações dos seus espaços de venda, que decorria desde 2013 e que, segundo Pedro Subtil, administrador do Bricomarché, se refletiu já nos resultados do ano.
Há 18 anos em Portugal, o Bricomarché segue desde a sua origem a filosofia de proximidade em que assenta a implantação do Grupo Os Mosqueteiros, privilegiando lojas de pequena a média dimensão, localizadas em concelhos com cerca de 20 mil habitantes, fora dos principais centros urbanos.
É este o conceito chave para a ampliação da cadeia especializada em bricolage, que conta já com 35 lojas e quer abrir mais quatro em 2016. Neste caso, 100 mil euros são suficientes para abrir uma nova loja.
“Preferimos localizações onde os colaboradores e os clientes facilmente se conhecem, gerando mais confiança e empatia, e a prova de que esta proximidade é um conceito de sucesso está nos resultados do Bricomarché, mas também na alteração da estratégia do nosso principal concorrente, que está agora a assemelhar-se mais àquilo que sempre fizemos”, refere Pedro Subtil, administrador do Bricomarché.
Refira-se que o Bricomarché tem um total 646 lojas em França, na Polónia e em Portugal, tendo a sua faturação global ascendido a 2 mil milhões de euros em 2015, mais 5% do que no ano anterior. Até 2020 a insígnia pretende investir 60 milhões de euros na abertura de 15 novos pontos de venda, com o objetivo de alcançar os 50 em 2020.
O Roady encerrou 2015 com 37 milhões de euros de volume de negócios em Portugal, ligeiramente acima dos 36,7 milhões conseguidos no ano anterior.
Com um total de 30 lojas , a Roady quer igualmente ampliar-se em 2016, apoiada por um plano que prevê a abertura de duas novas lojas.
“Esta é a única rede de ‘centros auto’ em Portugal dirigida por empresários independentes, pelo que constitui uma oportunidade muito interessante de investimento num setor como o automóvel, que continuou a crescer em 2015”, revela Estelle Pereira, porta-voz Roady em Portugal.
Além da ampliação do parque de lojas, as prioridades da Roady têm-se centrado na formação e na implementação de tecnologias e ferramentas que potenciam a qualidade do atendimento e do serviço prestado na oficina, sendo de referir que esta última área foi a que mais cresceu em 2015.
O investimento necessário para abrir um centro-auto Roady é de 75 mil euros. Refira-se que Roady prevê abrir 30 novos pontos de venda até 2020 num investimento de 20 milhões de euros que irá gerar 350 novos postos de trabalho.
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