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Deputado do PS-Madeira sugere criação de fundo de capitalização para empresas

Carlos Pereira diz que esta medida pode ser implementada de imediato, utilizando verbas da iniciativa europeia REACT. E defende que a região deve entrar em empresas que são economicamente viáveis, mas que atravessam dificuldades devido aos efeitos da pandemia.
23 Fevereiro 2021, 13h42

O deputado do PS-Madeira Carlos Pereira, eleito para a Assembleia da República, sugeriu a criação de um fundo de recuperação e capitalização para empresas na região, permitindo-lhes ter capacidade para subsistir, produzir e para manter os postos de trabalho. O socialista diz que este mecanismo é incontornável, deve ser implementado urgentemente, e que podem ser utilizadas verbas do REACT para a sua execução.

Referindo-se ao plano de recuperação apresentado pelo governo regional, Carlos Pereira diz que é “absolutamente essencial” que haja uma atenção às necessidades das empresas e do nosso tecido económico regional. “A Madeira, infelizmente, tem sido fustigada por esta pandemia, sobretudo porque o seu produto interno bruto (PIB) e a sua economia estão muito dependentes de sectores que estão a ser bastante abalados. Portanto, exige-se que haja um enquadramento adequado do ponto de vista daquela que deve ser a recuperação da economia”, afirmou.

Urgência de capitalização

Face às dificuldades sentidas na região, Carlos Pereira defende que a implementação de um fundo de recuperação e capitalização de empresas seria uma solução que poderia ser implementada no imediato através dos meios que estão disponíveis na iniciativa europeia REACT.

O deputado socialista diz que o REACT é um fundo de gestão pública que permite adquirir posições nas empresas madeirenses, que apesar de serem economicamente viáveis passam por momentos de dificuldade. E defende que estas empresas “precisam de apoio financeiro e de ser capitalizadas urgentemente, sob pena de não terem capacidade de investir, de subsistir e de pagar salários”.

Segundo Carlos Pereira, a região deve entrar neste tipo de empresas, mas não deve interferir na sua gestão, “já que elas devem ter a sua gestão e a sua estratégia”. Carlos Pereira diz que isso deve ser formalizado através de um contrato que garanta a saída da região dessas sociedades ao fim de um determinado tempo (três ou cinco anos, consoante o plano de negócios que se apresente neste quadro), assegurando que tal saída se faz em condições adequadas, não colocando as empresas em situações aflitivas.

Este tipo de mecanismo, defende Carlos Pereira, permite que a região “mantenha a sua capacidade económica para poder fazer um processo de reestruturação equilibrado, que permita que a região, depois de tudo isto, não fique igual ao que estava e fique melhor, mais bem preparada, mais resiliente, com uma economia mais diversificada e com empresas com capacidade de criar emprego e riqueza”.

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